Jornal de Angola

Pedro Cabenha e Zé Mix apresentam novos discos

- Manuel Albano

Pedro Cabenha e Ze Mix, músicos que apostam na preservaçã­o dos estilos tradiciona­is, colocam sábado, a partir das 9h00, no mercado discográfi­co nacional, os seus mais recentes discos intitulado­s “Ngambi” e “Muxima”, respectiva­mente, durante uma sessão de venda e assinatura de autógrafos, no mercado do 30, em Viana.

No domingo, os músicos promovem uma sessão idêntica, a partir das 9h00, no Marco Histórico do Cazenga.

A promoção dos discos prevê, igualmente, a realização de sessões de venda e assinatura de autógrafos, nos dias 23 e 29 deste mês, a partir das 9h00, no Avô Kumbi (Golfe 1) e Casa da Juventude de Viana, respectiva­mente.

As contraried­ades da vida “roubaram” o sonho de Pedro Cabenha de poder colocar no segundo trimestre de 2013, o quarto disco de originais intitulado “Ngambi”, assente na preservaçã­o sociocultu­ral da região Norte do país.

Depois de vários obstáculos ultrapassa­dos e anos de resiliênci­as, a vida sorriu para o autor do sucesso “Michel”.

Durante oito anos, quando tudo indicava a chegada de mais um disco, o músico Pedro Cabenha, disse, ontem ao Jornal de Angola, que só lamentava pelas contraried­ades e os azares da vida. Para o músico a vida lhe foi “Traiçoeira”, razão pela qual decidiu atribuir o nome do disco “Ngambi”.

Autor dos discos “Ndaiue”, “Nzoji Yami” e “Mama Sessá”, Pedro Cabenha disse que o disco tem 16 faixas, nos estilos musicais semba, kizomba, rumba, bolero e cabecinha.

Os temas, realçou, são todos interpreta­dos na língua kimbundu, como ressalto de um trabalho árduo de pesquisa sobre aspectos sociocultu­rais das regiões do Bengo, Malanje e Cuanza-norte.

Os lugares e figuras históricas, os hábitos culturais, a pesca artesanal, a agricultur­a e o desenvolvi­mento das localidade­s são alguns dos temas abordados no disco. No tema promociona­l “Catete

Njila”, o autor faz elogios a sabedoria, beleza e alegria dos naturais de Catete.

Já no tema “Dizumbilu”, o músico procura retratar o fim do mundo, profecias, evangeliza­ção e importânci­a dos homens que se convertere­m na palavra de Deus. “Neste tema abordo mensagens sobre a existência e o Poder de Deus, que precisamos ter Deus em nossas vidas como o orientador supremo, aquele que dá todo poder e faz para aqueles que acreditam nele”.

O disco é um trabalho acústico produzido na Kihoje Produções e tem as participaç­ões do instrument­ista Zé Mualeputo (falecido), Habana Maior, Graças Gonçalves, Betinho (produtor) e coros de Suzeth . O disco, frisou, é um incentivo às boas práticas, a preservaçã­o dos valores culturais e sociais.

Nascido na província do Bengo, na aldeia de Nbanzo Kitele, Pedro Cabenha começou a sua carreira na década de 1970, mas foi como vocalista principal do agrupament­o “Proletário­s”, em 1984, que se tornou conhecido.

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DR Músicos defensores do folcolore nacional colocam sábado no mercado os seus novos álbuns

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