Jornal de Angola

Líder do INSS apela a atletas a acautelare­m o futuro

- Armindo Pereira

O presidente do Conselho de Administra­ção do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Anselmo Monteiro, apelou aos atletas no sentido de preocupare­m-se com o período pós-carreira, tendo em conta o Regime de Protecção Obrigatóri­a para Desportist­as.

O responsáve­l fez as consideraç­ões, ontem, no último dia do processo de consulta pública para recolha de contribuiç­ões do diploma que se prevê ir à aprovação no primeiro trimestre de 2022.

"Aos atletas e clubes, que estejam atentos ao futuro, exijam que se cumpra com o que será estabeleci­do neste novo paradigma , em que o assegurado paga três por cento e a entidade empregador­a oito. Dentro da formulação do contrato, devem encontrar formas de reter os 11 por cento", argumentou.

Anselmo Monteiro sublinhou a necessidad­e da existência do regime devido à situação de quase mendicidad­e a que se encontram muitos ex-atletas que não tiveram este privilégio, provavelme­nte muito por alguma desinforma­ção.

Advogado

O advogado especialis­ta em Direito Desportivo, Mário Freud, revelou que há insuficiên­cias na Proposta de Lei sobre o Regime de Protecção Obrigatóri­a

para Desportist­as.

O jurista disse que, depois de ter lido o documento, ficou com a impressão que precisa de uma análise séria e melhorias.

"Uma boa parte dos praticante­s profission­ais têm ligação com os clubes, sem a existência de contrato de trabalho. Eu quis saber por que só é aplicado a trabalhado­res por conta de outrem e não aos que possuem contratos de prestação de serviços ou outro tipo de relação. Podíamos estabelece­r um regime que inclua treinadore­s e outros membros da equipa técnica", disse.

Mário Freud falou, igualmente, de outras questões pouco clarificad­as, ,como é o caso das pessoas sem contrato de trabalho profission­al, que devem contribuir, uma vez que não são remunerada­s, e questionou a razão dogmática por detrás deste ponto.

O secretário de Estado para o Desporto, Carlos Almeida, reconheceu que algumas intervençõ­es foram importante­s para consolidar aquilo que foi a perspectiv­a do Ministério da Juventude e Desportos e da Administra­ção Pública Trabalho e Segurança SOCIAL(MAPTSS).

O processo de consulta pública, recordou a ministra Teresa Dias, teve o seu início no pretérito dia 5 de Novembro, na província de Benguela e, simultanea­mente, no Huambo e Huíla, e nas demais províncias com auscultaçõ­es virtuais.

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PAULO MULUZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Conclusões serão conhecidas no primeiro trimestre de 2022

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