Jornal de Angola

Queremos reduzir a formação de quadros no exterior

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A formação de quadros não é um grande desafio?

Sim. Procuramos através do nosso órgão de ensino e instrução do Estado Maior General, equiparar para que os nossos militares, após o cumpriment­o da sua missão militar estejam equiparado­s a outros técnicos para continuare­m a sua acção fora das FAA.

Queremos reduzir à medida do possível, a formação de quadros lá fora, até porque o corpo docente das nossas academias, institutos e escolas, além da formação geral tem agregação académica militar, superior militar.

Apesar de todo esse esforço que as FAA e o Estado angolano vem fazendo, algumas dificuldad­es são vividas no terreno, tendo em conta a situação real do país.

Neste momento está a decorrer a finalizaçã­o do 4º curso de licenciame­nto para jovens militares. O que isto representa para o Exército?

É um grande embrião. Hoje estamos a finalizar o 4º curso de licenciame­nto de jovens militares a nível de comandante­s de pelotão e em ciências militares. Um marco inédito no nosso Exército, porque apesar de hoje termos chefes militares, com essa idade não tínhamos esse licenciame­nto.

Muitos de nós licenciara­m-se aos 30 e poucos anos, outros aos 40 anos. Hoje temos nas nossas academias jovens dos 20 aos 25 anos, mas para isso tivemos que mudar vários paradigmas na formação do militar. A juventude de hoje é outra. É mais exigente, reclamador­a e mais emotiva e exige mais de nós, o que é uma mais valia para nós. Por isso, temos que aproveitar a parte positiva desta juventude.

Em termos técnicos (equipament­os), como é que o exército está?

Claro que nos preparamos para nos adaptarmos às armas que hoje se utilizam. Hoje a tecnologia está muito avançada e precisamos de estar à altura das exigências actuais com pessoas, preparação, educação e uma boa sapiência, sobretudo.

Como é feita a renovação dos meios?

A renovação dos meios é periódica e permanente. A arma que foi utilizada hoje, por exemplo, amanhã já não serve. Antes tínhamos uma arma que podia ser usada durante 20 anos, mas hoje as armas se calhar servem apenas para um ano ou mesmo meses. A renovação destes meios depende muito das economias e das condições financeira­s dos Estados. A modernizaç­ão exige, mas o poder dos estados equipara-se às suas forças armadas para o amanhã. O reequipame­nto do Comando tem sido na mesma proporção que a preparação combativa dos homens

A juventude de hoje é outra. É mais exigente, reclamador­a e mais emotiva e exige mais de nós, o que é uma mais valia para nós. Por isso, temos que aproveitar a parte positiva desta juventude

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