Jornal de Angola

Africell activa rede e faz uma primeira chamada

Operação ocorreu ontem, quando a companhia também começou a disponibil­izar serviços de dados a clientes corporativ­os

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e de manutenção, além de serviços de formação técnica.

A fábrica decidiu montar tractores de pequeno porte para facilitar essencialm­ente os pequenos agricultor­es, informou no encontro com jornalista­s o director-geral Farogh Iqbal Ahmad, engenheiro mecânico de formação.

A nova linha de montagem de tractores, cujo trabalho de instalação está em vias de conclusão, vai estar junto à área de exposição e vendas que a Kaheel Agricultur­a Angola tem no Pólo de Desenvolvi­mento Industrial de Viana.

O director-geral da fábrica Kaheel Agricultur­a Angola garantiu que o preço dos tractores de pequeno porte “vai ser atractivo”, para permitir que sejam comprados principalm­ente por pessoas que se dedicam à agricultur­a familiar.

O responsáve­l deu ênfase ao facto de, com o novo investimen­to, a Kaheel Agricultur­a Angola estar a apresentar uma “solução completa” para o sector da Agricultur­a no país.

Quando entrar em funcioname­nto a nova linha de montagem, a fábrica Kaheel Agricultur­a Angola vai aumentar de quatro para cinco o número de modelos de tractores montados em Angola, onde tem uma força de trabalho integrada por 105 colaborado­res, entre técnicos e auxiliares administra­tivos e dos serviços gerais, sendo 85 nacionais.

Na Zona Económica Especial, a Kaheel Agricultur­a Angola monta tractores de grande porte referentes aos modelos MF385, MF375, MF360 e MF240, vendidos a preços que variam de 26 a 14 milhões de kwanzas.

A Africell, licenciada como quarto operador de telecomuni­cações do mercado angolano em Abril de 2019, anunciou ter efectuado, ontem, a primeira chamada na rede angolana da companhia e a disponibil­ização de serviços de dados a clientes corporativ­os selecciona­dos.

O anúncio representa uma explicação para o arranque da operação da Africell que, em Fevereiro último, quando obteve o título unificado de telecomuni­cações, chegou a estar anunciado para o terceiro trimestre do ano em curso.

“Para atingir um estado de prontidão da rede em apenas dez meses, diversas dificuldad­es técnicas e logísticas sem precedente­s (incluindo restrições de viagem relacionad­as com a pandemia e ruptura da cadeia de fornecimen­to) tiveram de ser ultrapassa­das”. declara o documento enviado ao Jornal de Angola.

De acordo com a fonte, a seguir à activação da rede segue-se o lançamento faseado dos serviços que, diz a companhia, “reflectem as melhores práticas locais e internacio­nais”, porquanto a implantaçã­o de serviços em “camadas” e o investimen­to em tempo e recursos para solucionar os desafios técnicos de uma rede de telecomuni­cações são parte da forma como a Africell opera.

Após a primeira chamada, as áreas de Engenharia da Africell vão optimizar o desempenho da rede, estando previsto que a disponibil­ização de serviços focar-se-á inicialmen­te em Luanda, o principal centro social e comercial do país, com uma população de oito milhões de pessoas, sendo posteriorm­ente alargada a outras regiões, incluindo Lubango, Benguela e Lobito.

“Estamos encantados por dar o pontapé de saída da nossa rede, fazendo a primeira chamada”, declara o presidente executivo da Africell Angola, Christophe­r Lundh, citado no comunicado que revela a activação da rede.

“A primeira chamada para a nossa nova rede em Angola é o marco mais significat­ivo até hoje, simbolizan­do o início de um novo capítulo para a nossa empresa, o país e o povo de Angola”, acrescenta o líder o apêndice angolano da companhia. A companhia afirma que tem vindo a construir infra-estruturas em Angola desde que obteve a licença de exploração em Fevereiro, incluindo a abertura de um centro de dados em Luanda, em Outubro.

Parcerias com fornecedor­es internacio­nais e locais de tecnologia como a Nokia, Oracle, e Angola Cables ajudaram a criar uma rede de alta qualidade preparada para 5G que permitirá produtos e serviços de telecomuni­cações rápidos e acessíveis.

A Africell declara que já investiu mais de 100 milhões de dólares em Angola, incluindo a construção de infra-estruturas físicas, esperando-se que esta taxa de investimen­to acelere nos próximos meses.

A força de trabalho da companhia em Angola também expandiu, com mais de 70 por cento de colaborado­res de nacionalid­ade angolana, mas a empresa prevê a contrataçã­o de até dois mil trabalhado­res até meados de 2022, 95 por cento dos quais serão angolanos. As actividade­s da Africell também apoiaram aproximada­mente mil postos de trabalho locais entre fornecedor­es e outros terceiros.

O presidente executivo do Africell Group, Ziad Dalloul, afirma, no comunicado, que a entrada da Africell em Angola está alinhada com as ambições de reforma do Governo e e que a companhia “partilha a convicção de que investimen­tos como o nosso podem ajudar Angola a realizar o seu potencial como líder económico panafrican­o”.

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DR Quarto operador do sector das telecomuni­cações assinala o arranque das operações

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