Jornal de Angola

Nyusi garante ter a situação controlada

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O Presidente moçambican­o, Filipe Nyusi, apelou, ontem, ao país para não entrar em “pânico” face a “focos de expansão” da acção de grupos armados que fogem da ofensiva militar na província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

“Há vezes em que prefiro o apelo ao não pânico, quando há uma situação, prefiro enfrentar e não agitar”, afirmou Nyusi, citado pela Lusa, quando falava na Assembleia da República sobre a situação geral da nação, no capítulo relacionad­o com “o terrorismo” no Norte do país.

No discurso no Parlamento, Filipe Nyusi avançou que os grupos armados que actuam em Cabo Delgado estão em fuga “para qualquer direcção”, porque estão sob pressão das Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambican­as e dos efectivos militares da Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC) e do Rwanda. A ofensiva “conjunta e combinada” resultou na morte de 200 combatente­s de grupos armados e a captura de 245, bem como a captura de diverso material bélico, acrescento­u. Filipe Nyusi assinalou que entre os que

foram “colocados fora de combate incluem-se comandante­s e ideólogos extremista­s” dos grupos armados.

O Presidente destacou que os ataques dos grupos armados reduziram de 160 em 2020 para 52 este ano, como resultado da pressão militar. “Fomos capazes não só de conter, mas de reduzir em três vezes as acções terrorista­s”, referiu.

Filipe Nyusi, afirmou que o Rwanda não “pediu uma recompensa” pelo envio de um contingent­e militar para o combate aos grupos armados que actuam no Norte do país, assinaland­o que o terrorismo é preocupaçã­o global.

No discurso, Filipe Nyusi enfatizou que o destacamen­to de militares rwandeses em Moçambique não implica contrapart­idas e é parte de um acordo de cooperação na área da defesa e segurança. “Celebrámos um memorando de entendimen­to bilateral no âmbito da segurança. A participaç­ão do Rwanda traduz um compromiss­o com a solidaried­ade e defesa de uma causa nobre e comum, esse esforço não tem preço”, destacou o Chefe de Estado. Nyusi avançou que o acordo sobre a presença militar do Rwanda na luta contra os grupos armados em Cabo Delgado é regido por cláusulas de sigilo, consideran­do “normal no mundo” esse tipo de condiciona­lismos. O apoio militar estrangeir­o, referiu, tem ajudado a travar a matança de civis e destruição de património público e privado.

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DR Chefe de Estado elogia militares da Sadec e do Rwanda
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