O alerta da Polícia Nacional
“Caro cidadão, não adira às campanhas de promoção de bens e serviços sem antes certificar-se da origem e veracidade. Poderá ser vítima de uma burla. Previna-se”, diz o aviso e apelo do Serviço de Investigação Criminal (SIC), divulgado recentemente através das operadoras de telefonia. Trata-se de um aviso oportuno, para o qual as famílias em geral e as pessoas singulares em particular deverão prestar muita atenção, numa altura como esta em que, como se sabe, tendem a aumentar as tentativas de engodo a muitos consumidores.
A Polícia Nacional, repetidas vezes, tem alertado sobre a necessidade de cautela e atenção nas compras online, apelando às pessoas a certificarem-se da localização física do espaço comercial que faz a venda virtual. Os pagamentos electrónicos, as transferências bancárias, as idas aos multicaixas e outras formas de movimentação de valores devem ser sempre precedidos de procedimentos que envolvam a segurança ao redor.
Numa altura em que nos encaminhamos para a fase de celebrações e festas nunca vão ser excessivos os apelos e avisos da Polícia Nacional no sentido de maior cautela.
Ao lado das iniciativas oportunas da Polícia Nacional estão igualmente outras, tais como as diligências de instituições que lidam com os direitos dos consumidores, numa altura em que cresce a tentação para a violação dos mesmos por parte dos agentes económicos.
É normal que num momento como o actual as empresas que comercializam bens e serviços aproveitem a oportunidade para lucrar mais, uma expectativa normal e natural das mesmas, mas obviamente sempre em consonância com as leis, regras, valores e tradições.
A preocupação para lucrar não pode envolver o “vale tudo” e a ideia de que é supostamente o consumismo que conduz os clientes e que as instituições do Estado não estarão disponíveis para o necessário “pente fino” aos agentes comerciais. Não é verdade e pelo contrário, as instituições estão prevenidas e preparadas para os desafios que envolvam a previsível fase de compras e aquisições em tempos de celebrações e festas de Natal e de Ano Novo. O comércio, independentemente dos valores e motivações que a guiam na direcção do lucro, não raras vezes o fácil e vergonhoso, também precisa de ser feito com verdade, lisura e transparência.
É expectável e legalmente recomendável que os nossos operadores do comércio não sejam levados pelos valores e princípios que alimentam a ganância ao nível do comércio, qualquer que ele seja.
Esperemos que não haja nem razões para excessos por parte dos consumidores, nem motivações comerciais além das previstas pelas leis, regras e princípios que regem o comércio, por parte dos agentes económicos.