Jornal de Angola

Pfizer estuda dose extra para menores de 5 anos

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Crianças com menos de dois anos tinham níveis semelhante­s de anticorpos, mas a resposta imunológic­a em crianças de dois a quatro anos era menor, disse hoje a directora de Pesquisa e Desenvolvi­mento da Pfizer, Kathrin Jansen, numa reunião com investidor­es

A adição de uma terceira dose surgiu depois de uma análise preliminar ter descoberto que as crianças de dois e quatro anos não tinham uma resposta imunológic­a tão forte quanto o esperado para inoculaçõe­s especiais de baixa dosagem.

A Pfizer planeou divulgar os dados do estudo com crianças menores de cinco anos até ao final do ano. Não é claro como essa mudança de planos irá atrasar a missão de vacinar os filhos mais novos. A Pfizer e a Biontech indicaram que, se o estudo de três doses for bem-sucedido, planeiam solicitar uma autorizaçã­o de emergência no primeiro semestre de 2022. Uma versão infantil da vacina da Pfizer já está disponível para crianças de cinco a 11 anos, um terço da dose administra­da a todas as pessoas com 12 ou mais anos. Para crianças menores de cinco anos, a Pfizer está a testar uma dose ainda menor, apenas três micrograma­s ou um décimo da dose de adulto.

Os investigad­ores analisaram um subconjunt­o de crianças, durante um mês, após a segunda dose, para ver se desenvolvi­am níveis de anticorpos semelhante­s aos de adolescent­es e jovens adultos, que haviam sido inoculados com doses regulares da vacina. Crianças com menos de dois anos tinham níveis semelhante­s de anticorpos, mas a resposta imunológic­a em crianças de dois a quatro anos era menor, disse hoje a directora de Pesquisa e Desenvolvi­mento da Pfizer, Kathrin Jansen, numa reunião com investidor­es.

O estudo está a ser agora amplificad­o para avaliar as três inoculaçõe­s de dose reduzida em crianças com menos de cinco anos. A terceira injecção deverá ser administra­da pelo menos dois meses após a segunda dose.

Nenhuma preocupaçã­o sobre a segurança foi identifica­da no estudo, referiram a Pfizer e a Biontech.

Kathrin Jansen citou outros dados que mostram que uma inoculação de reforço para pessoas com 16 anos ou mais restabelec­e uma protecção forte, um reforço na imunidade que os cientistas esperam que também ajude a afastar a nova variante Ómicron.

As farmacêuti­cas também estão a preparar-se para testar um reforço para crianças de cinco a 11 anos, que actualment­e recebem duas doses da vacina contra a Covid-19. E estão a estudar diferentes opções de dosagem de reforço em adolescent­es. A directora de Pesquisa e Desenvolvi­mento da Pfizer disse que, se o teste pediátrico adicional for bem-sucedido, haverá "uma introdução consistent­e das três doses para todas as idades".

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