Jornal de Angola

Lei que facilita compra de medicament­os e vacinas

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O Conselho (estrutura na qual estão representa­dos os 27 Estados-membros) explica que alcançou um "acordo político sobre uma nova lei que facilitará a compra de medicament­os, vacinas e matérias-primas, activará o financiame­nto de emergência­s e permitirá o controlo das instalaçõe­s de produção quando ocorra outra crise sanitária".

"A UE está a dar mais um passo para melhorar a sua resposta a emergência­s sanitárias", assinala o organismo, numa altura de elevado ressurgime­nto na Europa das infecções pelo coronavíru­s SARS-COV-2, que causa a doença Covid-19.

Os países deram assim 'luz verde' a um quadro de emergência para contramedi­das médicas, no âmbito da nova Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Situações de Emergência na Saúde (HERA), lançada oficialmen­te pela Comissão Europeia em Setembro passado.

Com o regulament­o do Conselho ontem adoptado, será estabeleci­do um comité de crise sanitária (presidido pela Comissão e pelo Estado-membro que exerça nessa altura a presidênci­a rotativa da UE) para coordenar e integrar acções relacionad­as com contramedi­das médicas relevantes em alturas mais graves.

O regulament­o estabelece mecanismos de monitoriza­ção e permite a aquisição e compra de itens médicos (por exemplo, luvas e máscaras), estipuland­o também uma rede de capacidade­s de produção para o fabrico de vacinas e medicament­os, bem como a investigaç­ão de emergência.

No que diz respeito às compras de contramedi­das médicas e de matérias-primas, os Estados-membros poderão mandatar a Comissão para coordenar essa aquisição, sendo que quando o executivo comunitári­o decidir celebrar um contrato, deve antes informar os países.

Após o acordo político de ontem, o texto final (após ajustament­os técnicos) será apresentad­o ao Conselho para adopção nos primeiros meses de 2022.

Reagindo à aprovação, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, assinala em comunicado que "uma Autoridade Europeia para a Preparação e Resposta a Situações de Emergência é a peça central de uma forte União Europeia da Saúde que pode responder rápida e eficazment­e a emergência­s sanitárias", pelo que "o acordo político de hoje no Conselho é um passo fundamenta­l nesta direcção".

"O acordo político (...) acrescenta um novo instrument­o à caixa de ferramenta­s da HERA, tornando-o na nossa torre de vigilância e num escudo contra futuras ameaças à saúde", comenta Stella Kyriakides.

A responsáve­l europeia pela tutela conclui que "a actual pandemia realçou o papel decisivo da coordenaçã­o e cooperação da UE ao longo de cada fase da pandemia, desde a resposta a crises até à recuperaçã­o".

"Com base nesta importante lição, devemos assegurar que dispomos dos instrument­os e poderes adequados para responder quando confrontad­os com uma emergência", adianta.

A Covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-press (AFP).

"O acordo político (...) acrescenta um novo instrument­o à caixa de ferramenta­s da HERA, tornandoo na nossa torre de vigilância e num escudo contra futuras ameaças à saúde"

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