Jornal de Angola

Internacio­nalização do Semba

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Vivo na cidade do Lubango e sou um grande entusiasta do estilo de música urbana de Angola, predominan­te na zona Noroeste do país, abrangendo as províncias de Luanda, Bengo, Cuanza-norte e Malanje. Escrevo para falar sobre a internacio­nalização do Semba, o estilo de música mais cantado e mais dançado em Angola, até prova em contrário. Acho que da parte das instituiçõ­es do Estado devia existir uma política dirigida no sentido de assegurar ao Semba as mesmas condições que outros países proporcion­aram a estilos como o Fado, o Tango, apenas para mencionar estes estilos de música e dança. Espero ver o Semba a fazer um percurso que venha, amanhã, a culminar com a transforma­ção do nosso estilo de música e dança em património imaterial da humanidade. Mas para isso, era bom que fossem dados alguns passos já agora para a internacio­nalização do Semba. Não sei como, mas julgo que alguma coisa devia ser feita em defesa do Semba, sem prejuízo para a atenção que os outros estilos devem merecer. Os nossos cantores são os nossos principais “embaixador­es” nesta empreitada para a internacio­nalização do nosso Semba, razão pela qual urge continuar a apoiá-los na carreira, espectácul­os em defesa do Semba. Como cantaram Paulo Flores e Carlos Burity, “o Semba é nossa bandeira” e pode ser ponto de partida para “vender” a imagem de Angola. Para terminar, gostaria de lançar esse repto ao Ministério da Cultura, Ambiente e Turismo, bem como outras instituiçõ­es para elevarem bem alto o nosso Semba.

PEDRO GOUVEIA Lubango

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