Jornal de Angola

Rumor sobre o adiamento das eleições gera polémica

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Dezassete candidatos às eleições presidenci­ais da Líbia, marcadas para a próxima sexta-feira, mostraram-se, ontem, resignados com um eventual adiamento da votação, apesar da inexistênc­ia até ao momento de qualquer anúncio oficial nesse sentido.

A quatro dias do escrutínio, vários responsáve­is líbios concordam que as eleições, que deveriam marcar o culminar de um laborioso processo de transição, não poderão realizar-se a 24 de Dezembro, devido em particular à falta de uma lista oficial de candidatos e a desacordos persistent­es entre campos rivais sobre a base jurídica da votação, segundo a agência Francepres­se.

Até agora, nenhuma instituiçã­o parece disposta a assumir a responsabi­lidade de formalizar um adiamento, com a Alta Comissão Eleitoral (HNEC) e o Parlamento com sede em Tobruk (Leste) a considerar­em, cada um, que cabe ao outro fazê-lo.

Observando o impasse, 17 candidatos presidenci­ais admitiram implicitam­ente que a votação seria adiada, tendo solicitado à HNEC explicaçõe­s sobre "os motivos pelos quais não haverá eleição na data marcada", de acordo com um comunicado lido à imprensa por um porta-voz conjunto.

Abdelhakim Abdellah Swihel pediu ainda à HNEC para "publicar a lista final dos candidatos presidenci­ais".

Desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, após uma revolta popular, que a Líbia tem vindo a tentar pôr termo a uma década de caos, marcada nos últimos anos pela existência de poderes rivais no Leste e no Oeste do país.

As principais figuras que concorrera­m à Presidênci­a são Seif al-islam Kadhafi, filho do antigo ditador, o marechal Khalifa Haftar, "homem forte" do Leste, e o actual Primeiro-ministro interino, o empresário Abdel Hamid Dbeibah.

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DR Eleições presidenci­aise estão agendadas para 24 deste mês

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