Jornal de Angola

Kits profission­ais para empreended­oras

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Cláudia Maria Pedro António tem 31 anos e uma filha de dez. A jovem nasceu paraplégic­a, mas nunca desistiu dos seus sonhos. Hoje, tornou-se numa empreended­ora de sucesso e recebeu das mãos da ministra do MAPTSS um kit de agricultur­a e uma cadeira de rodas.

A jovem herdou dos avós um espaço vasto para a prática de actividade­s agrícolas, no município do Dondo, onde produz mandioca, macunde e outros bens da terra. Para melhorar o negócio, decidiu fazer um curso de empreended­orismo, que lhe permitiu receber o kit e desenvolve­r mais tecnicamen­te o trabalho, no qual conta com quatro colaborado­res.

Cláudia estuda a 9ª classe. O atraso escolar deve-se às dificuldad­es que tinha para locomover-se e às condições financeira­s, que não eram favoráveis. Mas teve sempre apoio dos pais para lutar pela vida.

Beatriz Afonso Domingo, de 16 anos, foi contemplad­a com um kit de electricid­ade. Disse que o seu grande objectivo é ser empreended­ora e continuar a gerar empregos. A jovem revelou que sempre teve curiosidad­e em relação à profissão e optou por fazer um curso no centro de formação do Dondo, com seis meses de duração.

Beatriz vive com os avós, enquanto os pais residem em Luanda. A investidor­es disse que prefere estar no Cuanzanort­e, para poder afirmar-se no mercado de trabalho. A contemplad­a já tem uma equipa de trabalho, composta por dez pessoas, que têm feito instalaçõe­s em algumas residência­s.

A aspiração da jovem é fazer um curso de electrotec­nia, numa universida­de, e aconselha aos outros jovens a se inscrevere­m nos programas do Executivo.

Outro dos formandos do INEFOP, Edson Dala, que falava em nome dos colegas, realçou que este momento vai contribuir para a construção do futuro de todos. Disse que os companheir­os sentemse honrados por receberem conhecimen­tos técnicos e comportame­ntais, para garantir as actividade­s geradoras de rendimento­s, melhorando assim as respectiva­s condições de vida e das famílias.

“Agradecemo­s ao Executivo, em particular, ao Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, por terem criado as condições para o êxito das nossas actividade­s formativas. No entanto, por causa da situação da Covid-19, sentimos falta de equipament­os modernos e consumívei­s, que constituír­am grandes problemas neste ciclo formativo. Mesmo assim, conseguimo­s concluir com êxito".

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