Jornal de Angola

Extraditad­o russo suspeito de fraude

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Cabo Verde extraditou, terçafeira, a pedido das autoridade­s russas, um cidadão daquele país europeu indiciado pela prática de crime de "fraude em grandeesca­la",divulgou,ontem, a Procurador­ia-geral da República (PGR) cabo-verdiana.

Em comunicado, a PGR explica que "fica assim concluído o quarto dos cinco pedidos de extradição que o país recebeu em menos de um ano, permanecen­do ainda pendente o pedido provenient­e do Reino Unido".

O cidadão russo tinha sido detido a 20 de Abril de 2021, na ilha de São Vicente, para efeito de extradição.

"No âmbito da tramitação do pedido formulado pela Federação Russa, o Tribunal da Relação de Barlavento determinou, no passado dia 11 de Outubro de 2021, a extradição do referido cidadão para o Estado requerente, onde se encontra indiciado da prática de factos susceptíve­is de integrar o crime de 'fraude em grande escala'", refere o comunicado. Apesar de a decisão favorável à extradição ter transitado em julgado em 25 de Outubro, "devido a dificuldad­es derivadas da situação pandémica vivenciada", a entrega do mesmo ao "Estado requerente" apenas foi efectivada a 21 de Dezembro, no Aeroporto Internacio­nal Cesária Évora, em São Vicente, "de onde seguiu viagem tendo como destino final a Federação Russa".

Além deste pedido, às autoridade­s cabo-verdianas receberam no último ano solicitaçõ­es para extradição de cidadãos estrangeir­os por parte da Roménia, Itália e Estados Unidos da América.

Em 16 de outubro já tinha sido concluído o processo mais mediático, com a extradição, a pedido dos Estados Unidos da América, do colombiano Alex Saab, tido pelas autoridade­s norte-americanas como testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Alex Saab, de 49 anos, foi detido pela Interpol e pelas autoridade­s cabo-verdianas a 12 de Junho de 2020, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacio­nal Amílcar Cabral, ilha do Sal, com base num mandado de captura internacio­nal emitido pelos EUA, numa viagem para o Irão, com passaporte diplomátic­o, enquanto "enviado especial" do Governo venezuelan­o.

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