Mudanças do clima evidenciaram a realidade ambiental em 2021
Muito se pode dizer sobre os acontecimentos mais marcantes do ano que termina, mas o que nos chama mais atenção é a forma como o mundo se viu envolvido na luta contra os fenómenos naturais causados pelas mudanças climáticas.
Estima-se que mais de dois milhões de pessoas morreram ao longo do ano, e outros milhões perderam haveres e habitações, a maioria em países em desenvolvimento por estes carecerem de meios de protecção ou de prevenção.
Ondas de calor, inundações causadas por tsunamis e a seca extrema são consequências destas mudanças climáticas que, não escolhem continentes, países ou regiões, deixam a Humanidade em alerta permanente.
Desde o calor intenso na América do Norte até as inundações recordistas na Europa e na Ásia, o clima deste ano mostrou como é viver num mundo com um aquecimento acima de 1º Célsius números que ultrapassam as temperaturas do século passado.
O mundo precisa de reconhecer, por isso, que é uma realidade que vai durar ainda por alguns anos até se encontrar alguma forma de se contornar esta situação.
É que além de mortes, destruições que resultaram em enormíssimos prejuízos materiais, as mudanças climáticas afectaram, também a vida de negócios de milhões de pessoas.
Muitas pessoas ficaram pobres ao ver prejudicados os seus negócios devido à oscilações climáticas em todo o mundo.
Para citar alguns exemplos, as recentes enchentes ocorridas no Canadá podem ser consideradas as mais caras da história daquele país com um prejuízo avaliado em 7,5 biliões de dólares.
Nos Estados Unidos, os 18 desastres climáticos que atingiram o país durante o ano de 2021 causaram um prejuízo acima de 100 biliões, de acordo com as últimas estimativas.
Onda de calor
A 27 de Junho de 2021, as autoridades de Portland, nos Estados Unidos, tiveram de lotar um Centro de Convenções de Oregon para resfriamento temporário devido a onda de calor que bateu níveis inimagináveis, deixando as cerca de 13 milhões de pessoas vulneráveis aos males causados pelo calor.
A região entre o Noroeste dos Estados Unidos e o Sudoeste do Canadá, uma zona com cerca de 13 milhões de habitantes conhecida, outrora pelo seu clima ameno e chuvoso em 2021 enfrentou um calor intenso. Nas cidades importantes como Portland, Seattle e Vancouverram as temperaturas alcançaram níveis históricos acima de 38°C.
Tudo isso, de acordo com pesquisadores e cientistas deve-se ao efeito estufa de gases que anualmente são emitidos na atmosfera nos últimos 120 anos. Como resultado do calor, centenas de pessoas morreram na região.
O fenómeno de calor quase extremo não poupou a flora e a fauna, que ficaram, também prejudicadas. No Noroeste da América do Norte havia relatos de que milhões de animais marinhos sucumbiram ao calor, além de muitos outros em terra.
Vários produtores rurais viram as suas plantações secarem simplesmente.
Porém, a América do Norte não foi a única. Grandes incêndios florestais irromperam na Turquia, na Grécia e, até na Sibéria, Rússia ao longo do ano.
Enquanto as condições de estiagem se expandia e piorava no Hemisfério Norte devido a uma onda de calor recorde, na Europa Oriental vivia-se inundações que mataram milhares de pessoas e deixaram centenas de desaparecidos.
Inundações catastróficas foram vidas, também na Europa Ocidental com um saldo de 120 mortes e centenas de desaparecidas.
Imagens chocantes da devastação na Alemanha e na Bélgica foram vistas com vilas inteiras submersas, viaturas presas entre prédios desabados e escombros.
De Tsunami e tornados
Chuvas torrenciais provocaram um poderoso deslizamento de terra em Atami, em Tóquio, Japão. O deslizamento de terra destruiu, de acordo com dados da época cerca de 130 edifícios.
A tempestade tropical Elsa atingiu, em 2021 partes do Sudeste dos EUA com tornados de acordo com relatos.
Estes e outros fenómenos poderão se repetir ao longo deste ano que começa, se a Humanidade não tomar medidas para os estancar ou diminuir e assistiremos cada vez mais vidas a perderemse, mais destruição e prejuízos no mundo.