Há vida além da agricultura
Mas a vida,
na província do Huambo, não se movimenta apenas pelo universo da agricultura. Em 2021, “ano de algumas realizações”, como afirmara a governadora Lotti Nolika, sendo que há um conjunto de acções tendentes à conferir, pelos onze municípios desse território de 35.771 Km2, uma qualidade de vida aceitável aos cidadãos, com a oferta de serviços sociais essenciais.
O PIIM – Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, em que o Huambo se apresenta com 306 projectos inscritos e um desembolso estimado em 24.6 mil milhões de Kwanzas, é o epicentro da convergência à materialização do bem-estar colectivo. E, aqui, um dado a suster: dois mil empregos, temporários, foram gerados, de 2018 a 2021, com a execução de 276 projectos.
No sector da Saúde, a fim de reforçar a capacidade de resposta, estão em construção vinte e seis unidades sanitárias, de várias tipologias, em que se juntam oito residências para os técnicos e 510 novas salas. Há mais: o Hospital Pediátrico do Huambo e o Hospital Geral do Bailundo. Na fase final estão os hospitais da Ecunha e do Chilume.
A Educação, sector fulcral à edificação da consciência humana, tiveram, em 2021, no PIIM “aconchego” com a construção de mais escolas, sendo que o próximo ano, quando todas concluídas, a oferta atingirá a cifra de 393 salas de aula, permitindo a uma maior inclusão no sistema de ensino.
O fornecimento de energia, activo primordial para a consolidação da actividade social e económica, está em fase de estabilização, esperando-se que, em 2022, o Aproveitamento Hidreléctrico de Laúca, construída no rio Kwanza, entre as províncias de Malanje e Cuanza-sul, disponibilize os megawatts necessários para o consumo da região do Planalto Central.
Sem energia não há turismo…e sem turismo, mesmo com todas as potencialidades, não há cultura que resista à falta de público. Mas, em 2021, a cultura do Huambo atingiu o apogeu no panorama musical com a conquista, pelo grupo “Os Picantes”, do Top dos Mais Queridos, concurso promovido pela Rádio Nacional de Angola.
A província do Huambo, em particular o municípiosede, foi cenário de realização de inúmeras actividades ministeriais, como conselhos consultivos ordinários, visitas de putativos investidores, de e para vários ramos de actividade, em que a agricultura e o turismo foram dos sectores visados.
A dinamização do Pólo Industrial, com a captação de investimentos, é outra aposta. Tudo isso focado em aumentar o PIB local, reduzir o desemprego e, consequentemente, aumentar o rendimento das famílias e a capacidade financeira dos cidadãos.
E, seguindo a marcha do tempo, 2021 chega ao fim. Lotti Nolika, a governadora, reconhecera que “houve, claramente, uma desaceleração muito grande” em termos de crescimento económico.
Mas no Huambo, garantira, “os ventos começam a soprar em sentido positivo” e não se adopte “atitude da avestruz, de enterrar a cabeça por baixo da areia” – enfatizara - para que, 2022, seja, de facto, um ano de crescimento, em todos os sectores, com percentual acima dos 2.6 por cento.
As potencialidades são ricas e enormíssimas: à mão de semear!