Políticas culturais
da Mesa da Assembleia-geral da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), António Tomás Ana “Etona” defende a redefinição das políticas ligadas à cultura, de forma a permitir a criação de bases concretas que desenvolvam, valorizem e garantam maior dignidade aos criadores.
A necessidade de se criar, cada vez mais, uma consciência activa sobre a importância da arte e da cultura na sociedade tem sido uma das preocupações manifestadas desde algum tempo, quer pela UNAP, quer pela UEA e UNAC.
Em Junho, as três agremiações reuniram, por acreditarem que de forma isolada e com as inúmeras dificuldades financeiras, não estariam à altura de resposta positiva aos anseios dos associados, diante das actuais adversidades do mercado nacional. Etona afirmou que, a Covid-19 agravou mais o quadro que se apresentava já precário.
Por essa razão, pensou-se na criação de uma Confederação das Organizações Artísticas Nacionais, que funcionaria como um interlocutor válido e forte junto do Executivo e da sociedade, no intuito de criar condições para a melhoria do movimento artístico nacional.
Mais filmes nacionais
Por seu lado, a APROCIMA - Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisual agenda para 2022 uma forte aposta na concretização dos projectos dos seus associados, uma vez que 2021 foi um ano em que concluíram que "o melhor é produzir sempre e não parar, ainda que seja com poucos recursos financeiros", advogou o secretáriogeral, Francisco Keth.
Prosseguir com a Mostra de Cinema Independência, criada em Novembro, para saudar o aniversário da proclamação da independência nacional, cuja primeira edição aconteceu no Centro Cultural Brasil-angola, e diversificar e ampliar as actividades do 27 de Outubro, Dia Mundial do Património Mundial, instituído pela UNESCO, assim como a retomada da parceria entre APROCIMA e a Fundação Arte e Cultura, que visa a exibição de filmes na Ilha de Luanda, formando novos públicos, e formando futuros cineastas, constam entre as principais acções da APROCIMA, realizadas no ano que finda.
Outras acções não menos importantes, ocorridas em 2021, e que terão sequência em 2022, são as parcerias com produtores estrangeiros, a nível do países membros da CPLP, para assegurar o intercâmbio internacional entre produtores e realizadores angolanos e estrangeiros.