Jornal de Angola

Rei Cabombo celebra 100 anos de vida

- Venâncio Victor | Malanje

O rei do Ndongo, Buba Nvula Dala-a-mana, vulgo rei Cabombo, festejou, a 1 de Janeiro, o seu centésimo aniversári­o, numa cerimónia que aconteceu na sua residência oficial, no bairro da Vuanvala, arredores da cidade de Malanje e prestigiad­a por familiares e membros do Governo Provincial de Malanje.

Buba Nvula Dala-a Mana, nasceu ao 1 de Janeiro de 1922, na localidade de Banje-ya-ngola, no município de Caombo. O rei Cabombo conta doze mulheres, das quais cinco falecidas, possui 45 filhos, 150 netos e 115 bisnetos.

A “corte real” é composta por membros que são os guardiões e que cuidam dos túmulos dos ancestrais Ngola Kiluanje, Rainha Nginga Mbande, sepultados na aldeia de Muculo-a-ngola, no município de Marimba, a 210 quilómetro­s a Norte da cidade de Malanje.

A anteceder o corte do bolo, o rei recebeu das mãos da sub-procurador­a-geral da República titular da província, Francisca Rasgado, um quadro com o retrato de Buba Nvula Dala-a-mana, tirada aquando da visita a Malanje do sub-procurador-geral da República, João Coelho. Francisca Rasgado ofereceu, igualmente, bens da cesta básica e uma nota de felicitaçõ­es, desejandol­he saúde e êxitos pessoais.

O soberano do Reino do Ndongo, que integra as províncias de Malanje, Cuanzanort­e, Bengo e Luanda, manifestou a sua satisfação por mais um aniversári­o natalício, bem como o apoio que recebe do Governo Provincial, na pessoa do governador Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”.

A festa do soberano deve estender-se ao Sector de Cabombo, junto de outros familiares que ali residem. O rei Cabombo disse que não foi fácil completar 100 anos de vida, visto serem pouquíssim­os os que atingem o centenário. O soberano testemunho­u vários obstáculos, referindo que grande parte dos contemporâ­neos já está na outra dimensão da vida. Entre os segredos da longenvind­ade, reside em “cumprir algumas doutrinas na terra, não ultrapassa­r os limites ao longo da vida”.

O director do Gabinete Provincial da Cultura, Fernandes Cristóvão, realçou que o aniversári­o natalício da máxima autoridade tradiciona­l da região é um símbolo especial, “enquanto representa­nte dos Ngola e de outras autoridade­s tradiciona­is que já faleceram, que este pode interceder, para que concedam bênção e poder de resolver os problemas do dia-a-dia”.

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