Jornal de Angola

Acusado de incendiar o Parlamento vai ser julgado

O Tribunal de Magistrado­s da Cidade do Cabo acusou o suspeito, de 49 anos, de incêndio criminoso, tendo depois a audiência sido adiada para o próximo dia 11 de Janeiro

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O suposto responsáve­l do incêndio que devastou o complexo do Parlamento da África do Sul, no domingo passado, compareceu, ontem, por breves minutos, no tribunal para se identifica­r, ouvir as acusações de que é alvo, recolhendo depois à prisão onde aguardará pelo desenrolar do processo.

O Tribunal de Magistrado­s da Cidade do Cabo acusou o suspeito, de 49 anos, de incêndio criminoso, tendo depois a audiência sido adiada para o próximo dia 11 de Janeiro. O incêndio começou na madrugada de domingo e apenas foi controlado na segunda-feira. Os ventos fortes, no entanto, reacendera­m as chamas, deixando os bombeiros a lutar contra as chamas até á madrugada de ontem. As chamas destruíram a câmara onde os parlamenta­res normalment­e se sentam. O incêndio começou na parte antiga do complexo do Parlamento antes de se espalhar para a mais moderna.

Incêndio controlado

O Serviço de Bombeiros conseguira­m, segundafei­ra, controlar o incêndio no edifício do Parlamento, na Cidade do Cabo e reduziu o edifício da Assembleia

Nacional a escombros.

"O incêndio foi controlado durante a noite e o número de pessoas no local foi gradualmen­te reduzido", disse, ontem, o porta-voz dos Bombeiros da cidade, Jermaine Carelse.

O fogo ainda ardia nas partes mais antigas do edifício, que contém cerca de 4.000 obras de arte e património, algumas datadas do século XVII.

A biblioteca do Parlamento, com a sua colecção única de livros, parece ter sido poupada.

A extensão dos danos ainda não foi determinad­a, mas o edifício da Assembleia Nacional foi completame­nte destruído. "A maior parte dos danos está provavelme­nte neste edifício, que não será utilizado durante meses", disse Carelse.

O vasto edifício é constituíd­o por três partes: um edifício que alberga a actual Assembleia Nacional, outro onde está a Câmara Alta do Parlamento, chamado Conselho Nacional das Províncias, e a parte histórica mais antiga, na qual os parlamenta­res costumavam reunir-se.

Os presidente­s das duas câmaras e os membros do Governo deverão reunir-se para uma avaliação inicial da situação.

O incêndio começou por volta das cinco horas locais na ala mais antiga, concluída em 1884, com salas cobertas de madeira preciosa.

De acordo com os primeiros elementos da investigaç­ão, o incêndio começou em duas áreas distintas. O sistema automático de extinção de incêndios foi impedido de funcionar correctame­nte por um abastecime­nto de água fechado. Um relatório deverá ser apresentad­o ao Presidente do país, Cyril Ramaphosa, que visitou o local no domingo.

Esta é a segunda vez, em menos de um ano, que o Parlamento é danificado, quando um incêndio rapidament­e contido deflagrou em Março passado.

O Tribunal de Magistrado­s da Cidade do Cabo acusou o suspeito, de 49 anos, de incêndio criminoso, tendo depois a audiência sido adiada para o próximo dia 11 de Janeiro

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DR Fogo consumiu grande parte da infra-estrutura da Assembleia Nacional sul-africana

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