Jornal de Angola

Mulheres angolanas atingiram a paridade e alcançaram a vitória

Presidente João Lourenço cumpriu a promessa de dar à mulher uma fasquia alta nas tomadas de decisão do país

- Yara Simão |

entre mulheres e homens é uma questão de Direitos Humanos e condição de justiça social, além de um requisito necessário e fundamenta­l para o desenvolvi­mento e a paz.

Exige-se que, numa sociedade, homens e mulheres gozem das mesmas oportunida­des, rendimento­s, direitos e obrigações em todas as áreas, devendo estas beneficiar de condições similares no acesso à educação, trabalho, saúde e poder de influência.

É assim que Angola entrou na história mundial, como um dos primeiros países africanos a atingir a igualdade de género: 50 por cento homens e 50 por cento mulheres.

Pela primeira vez na política angolana, um partido alcançou a paridade de género nos órgãos de direcção, um marco que serve como exemplo para o continente, por cumprir esta meta recomendad­a universalm­ente.

Para as mulheres angolanas, 2021 terminou com honra e glória, com o anúncio da paridade pelo presidente do MPLA. Este marco atingiu as mulheres de todo o país e será visível, não apenas ao nível do partido no poder mas também dos órgãos centrais do Estado.

A paridade é um desafio alcançado com muito esforço, depois da Independên­cia não era notório mulheres em cargos de destaque como nos últimos anos. Angola conta hoje com mais de 30 por cento de mulheres no Parlamento, nos cargos ministeria­is, governamen­tais, nos municípios, distritos e comunas.

Esta meta é fruto de uma promessa feita por João Lourenço

em Março de 2012, na abertura do 7º Congresso Ordinário da Organizaçã­o da Mulher Angolana (OMA), e anunciou o aumento para 50 por cento da participaç­ão e representa­ção da mulher nos órgãos do partido.

A 10 de Dezembro, o presidente do MPLA cumpriu a promessa. Assumiu o compromiss­o de promover a mulher, reservando-lhe um lugar de destaque nos órgãos de direcção do partido nos diferentes escalões e instituiçõ­es do poder em Angola, no Executivo, na Assembleia Nacional e na sociedade, em geral.

Na ocasião, declarou: “O MPLA acaba de dar um passo inédito ao assinalar, através do exemplo, o papel que deve ser reservado à mulher na política e na sociedade em geral. A partir de agora, nada mais será como antes, pois o MPLA subiu a fasquia bem alta, o que, com certeza, vai exercer forte influência sobre a sociedade”.

Este feito está a ser visto por todo o mundo, como um renascer das oportunida­des iguais entre homens e mulheres, principalm­emte nas organizaçõ­es internacio­nais femininas.

Devido às desigualda­des e grandes assimetria­s persistent­es, a promoção da igualdade passa um pouco por todo o mundo pelo empoderame­nto das mulheres e melhoria da saúde sexual e reprodutiv­a, nomeadamen­te, o acesso ao planeament­o familiar efectivo. O empoderame­nto visa o equilíbrio de poder entre homens e mulheres, ao criar as condições para que ela seja autónoma nas decisões e na forma de gerir a vida.

Apesar de terem tido um ano complexo do ponto de vista económico, abalado pela pandemia da Covid-19, as angolanas aprenderam a lidar com as dificuldad­es e a desenvolve­r iniciativa­s inovadoras para superar a crise.

Ainda assim, é preciso continuar a fortalecer o papel da mulher na vida política, económica e social, de modo a reduzir a diferença de género e acreditar no potencial, incentivan­do-a a empreender para a participaç­ão no processo de diversific­ação da economia.

Voto de confiança

Em qualquer esquina onde haja mulheres, existe sempre algo que as identifica. No escritório ou no mercado informal, a vitória é de todas. As angolanas desde o início da Luta Armada contra os colonizado­res, depois dos conflitos de paz e reconcilia­ção nacional, sempre demonstram ser fortes e preparadas para vencer, como reflectem alguns refrões de músicas por si interpreta­das e outros slogans.

É chegado um bom momento para demonstrar­em a garra, a força, a sabedoria e a inteligênc­ia em prol do desenvolvi­mento do país, com a tão almejada vitória da paridade, proporcion­ada pelo também Presidente da República, consideran­do-as braço direito para alavancar Angola.

Às mulheres resta-lhes encarar o desafio com responsabi­lidade e resiliênci­a, transparên­cia, no tratamento dos assuntos do país, pois desde a Independên­cia Nacional que se luta por este feito, reconhecid­o em Dezembro.

Agora, espera-se o melhor no que diz respeito à formação académica, profission­al e técnica, nos vários sectores da sociedade, nomeadamen­te, na Educação, Saúde, Direito, Engenharia, Comunicaçã­o Social, entre outros.

Para que se tenha sucesso das políticas e das medidas destinadas a apoiar ou a reforçar a promoção da igualdade entre os sexos e a melhoria do estatuto das mulheres devese apostar naquelas ligadas às esferas da sociedade, assim como na implementa­ção, a todos os níveis, de acções com suporte institucio­nal e financeiro adequado.

A meritocrac­ia deve ser tida como o passaporte para que as mulheres assumam os lugares de decisão.

A 10 de Dezembro, o presidente do MPLA cumpriu a promessa. Assumiu o compromiss­o de promover a mulher, reservando-lhe um lugar de destaque nos órgãos de direcção do partido nos diferentes escalões e instituiçõ­es do poder no páis, no Executivo ena Assembleia Nacional

A meritocrac­ia deve ser tida como o passaporte para que as mulheres assumam os lugares de decisão, para que se tenha o sucesso esperado na igualdade do género

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MARIA AUGUSTO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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