Banco de capital privado entra em reestruturação
O Banco Keve entrou num amplo processo de reestruturação, depois de um saneamento considerado “bem sucedido”, submetido pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Ao reagir a notícias postas a circular nas redes sociais, sobre a alegada falência técnica do Keve, o presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Keve, José Pedro de Morais, avançou apenas que “concluiuse, com sucesso, junto do BNA, o segundo aumento de capital, na ordem dos 24 mil milhões de kwanzas”.
“Com o referido aumento, os fundos próprios do banco ultrapassam agora 40 mil milhões de kwanzas, muito acima do limite mínimo de 7,5 mil milhões de kwanzas exigidos pelo Banco Nacional de Angola”, explicou.
José Pedro de Morais acrescentou que, com esse incremento, a direcção do Banco Keve deu início a um processo de reestruturação interna, que tem como objectivo dar resposta aos desafios colocados pela actual situação económica, impactada pela Covid-19.
No comunicado assinado por José Pedro de Morais, lê-se que o Keve está a transformar a sua estrutura de serviços, com aposta no digital, evidenciando confiança na economia angolana e nas suas enormes potencialidades.
A propósito e em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), quinta-feira, o director de Planeamento e Controlo do Banco Keve, Filipe Duarte, disse que, em torno da sua reestruturação, algumas agências serão encerradas ou abertas noutros locais do território nacional.
“No fundo, é um processo que está a decorrer no Banco Keve e nada tem a ver com falência técnica, como está a ser noticiado”, disse Filipe Duarte. Acrescentou que tal processo não levará ao despedimento de quadros, mas, pode levar à não renovação de “contratos a termo”.
Constituído em 2003, o Banco Keve conta com um grupo de 50 accionistas, entre os quais figuras públicas como Manuel Carneiro, José Pedro de Morais Júnior, André Luís Brandão.