Jornal de Angola

Primeira edição do CAN foi jogada por três países

Egipto é, com sete troféus, o país mais titulado do maior evento futebolíst­ico do continente organizado pela Confederaç­ão Africana de Futebol

- António Cristóvão

A caminho no domingo, da disputa da 33ª edição, o Campeonato Africano das Nações (CAN), foi jogado pela primeira vez, em 1957, na cidade de Cartum, Sudão, com a presença de três países. Sudão, designado por Falcões do Deserto, país anfitrião, Egipto (Faraós) e Etiópia (Cabra), foram os únicos países que disputaram a conquista da Taça.

Segundo dados históricos, a intenção para a disputa do CAN foi proposta durante o 30º Congresso da Federação Internacio­nal de Futebol Associado (FIFA), realizado em 1956, na cidade de Lisboa, Portugal.

No ano seguinte, foi realizada a primeira edição da competição africana, mas sem partidas de apuramento para a fase final. Os Bafanabafa­na da África do Sul, que estavam inicialmen­te inscritos para concorrer, foram excluídos pela organizaçã­o devido à política de apartheid na época.

Depois da estreia, o CAN foi jogado no Egipto, em 1959, seguido pela Etiópia (1962), Ghana (1963) e Tunísia (1965), a sequência de disputa da prova, de dois em dois anos, mantém-se até hoje.

Após as cinco primeiras edições, a seguinte registou o aumento de participan­tes, tendo passado para seis e depois para oito países, mas criou-se a fase de apuramento para a fase final do evento.

No Senegal, em 1992, a prova foi estendida para 12 selecções, repartidas por quatro grupos, apurandose as duas primeiras para os quartos-de-final.

Em 1996, na África do Sul, a CAF aumentou para 16, prosseguin­do com os moldes anteriores.

Aquela edição foi marcada pela desistênci­a das Super Águias da Nigéria durante a fase de grupos. Como corolário, foi interditad­a de competir em 1998, no Burkina Faso.

Início da competição

A 33ª edição do CAN começa, a ser disputada no domingo, às 17h00, no Estádio Olembé, na cidade de Yaoundé, com o jogo entre Leões Indomáveis e Cavalos do Burkina Faso, desafio referente ao Grupo A.

A fase final vai contar com a presença de 24 selecções, apuradas no sistema de eliminatór­ias de grupos.

Para a definição dos países finalistas, as preliminar­es começaram no dia 7 de Outubro de 2019 e terminaram a 15 de Junho de 2021.

Nas eliminatór­ias, nas quais competiram 52 selecções entre elas a de Angola, Palancas Negras, foram disputados 150 jogos e apontados 341 golos, de acordo com as estatístic­as da Confederaç­ão Africana de Futebol (CAF).

Angola, que falhou a nona presença na fase final do certame, foi a quarta e última do Grupo D da campanha de apuramento, com quatro pontos, atrás dos Leopardos da República Democrátic­a do Congo (RDC), com nove.

Os Escorpiões da Gâmbia foram os primeiros classifica­dos, com dez pontos, seguidos pelos Panteras do Gabão com a mesma pontuação.

Angola acolheu a fase final do CAN, em 2010, com a participaç­ão de 15 selecções.

No Egipto, em 2019, foi a primeira vez que competiram 24 países e a prova foi disputada de 21 de Junho a 19 de Julho.

Inicialmen­te o certame estava agendado para os Camarões, mas devido a alguns incumprime­ntos foilhe retirada a organizaçã­o, numa decisão da CAF a 8 de Janeiro de 2019.

Após 32 edições, com sete títulos conquistad­os, os Faraós do Egipto são a selecção com mais troféus da competição.

As Raposas do Deserto da Argélia são os actuais campeões africanos. Os argelinos venceram na final os Leões de Teranga do Senegal, por 1-0, em jogo disputado no Estádio Internacio­nal do Cairo. O golo solitário foi apontado por Bounadjah. Com aquele triunfo, os argelinos arrebatara­m o segundo título no seu palmarés.

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