Jornal de Angola

Morreu fundista Tiago Tchingui o “Pepino” da província do Bié

Número um da Associação Provincial local, José Augusto, lamenta a perda e considera o corredor um símbolo da modalidade no país

- José Chaves/cuito

O veterano atleta e dirigente Tiago Tchingui, uma das lendas do atletismo da província do Bié, e formador de vários campeões da modalidade no país, faleceu, ontem, na cidade do Cuito, aos 74 anos.

O corredor, que tinha nas provas de fundo a sua grande especialid­ade, represento­u o país em várias provas internacio­nais, mas foi nas “São Silvestre” de 1978 e 1980, em Luanda, que conquistou os maiores resultados da sua carreira, ao classifica­r-se entre os 12 primeiros colados da maior prova de maratona de Angola.

Mentor de atletas como João N’tyamba e Aurélio Miti Handanga, dois grandes expoentes do atletismo nacional da década de 90 e dos primeiros anos do milénio, Tiago Tchingui formou diversos atletas nas especialid­ades de fundo e meio fundo na Escola Boa Esperança do Cuito, do qual, até à data do infausto acontecime­nto, era o proprietár­io. As causas da sua morte ainda não são conhecidas, mas de acordo com relatos do seu filho, Afonso Tchingui, o malogrado atleta foi vítima, em 20 de Dezembro passado, de um acidente de viação, no troço rodoviário entre as cidades do Cuito e do Huambo, do qual sofreu alguns traumatism­os. Esteve internado durante uma semana no hospital Walter Strangway, na cidade do Cuito, mas acabou por receber alta médica, por a equipa clínica que o assistiu, entender não haver razões para que Tiago Tchingui continuass­e internado naquela unidade hospitalar biena. Na madrugada deste domingo, dia 9, o septuagená­rio atleta sentiu-se mal e acabou por falecer. A morte de Tiago Tchingui mereceu reacção ões do Governo Provincial do Bié, que na pessoa do seu titular, Alfredo Pereira, afirma ser a sua morte uma perda irreparáve­l, que “deixa mais pobre o atletismo nacional”, expressand­o os sentimos de pesar à família enlutada. O presidente da Associação de atletismo do Bié, José Augusto, também expressou o seu sentimento de pesar pelo passamento físico de Tiago Tchingui, a quem considera “um grande símbolo do atletismo nacional, que marcou com letras de ouro a modalidade, ajudando na formação de grandes nomes do fundo e meio fundo do atletismo nacional”.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Modalidade perde um dos maiores “ícones” na especialid­ade de fundo e meio fundo

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