Jornal de Angola

Militares revivem trajectóri­a de Neto

- Gabriel Bunga |

Efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) familiariz­aram-se, ontem, em Luanda, com a trajectóri­a da vida e obra do Fundador da Nação angolana, Dr. António Agostinho Neto, pela voz autorizada do político e nacionalis­ta Roberto de Almeida que partilhou, na primeira pessoa, alguns dos momentos passados com o Herói, para quem Neto foi um homem de grande personalid­ade, cujos feitos ficarão para a eternidade.

Roberto de Almeida, que estava acompanhad­o do nacionalis­ta e deputado Julião Mateus Paulo "Dino Matross", disse que Agostinho Neto desempenho­u um papel fundamenta­l na libertação não só de Angola mas também da África Austral. enfatizou que, se se olhar para a mensagem política passada través da poesia, apercebe-se de como está virado para encontrar uma solução que servisse a todos.

"A África é um corpo inerte, onde cada abutre vem debicar o seu pedaço", exaltou o político, tendo feito saber que este verso enuncia o princípio de um combate pela libertação. Durante a palestra, com o tema "A dimensão do Dr. António Agostinho Neto na libertação de África", realizada no Memorial "Agostinho Neto", no quadro das comemoraçõ­es do seu centenário, Roberto de Almeida detalhou a sua trajectóri­a como estudante, político, poeta e médico.

O político e nacionalis­ta do MPLA referiu, em jeito de consolidaç­ão, que a acção desenvolvi­da por Agostinho Neto permitiu a libertação de alguns países africanos do jugo colonial, tendo contribuíd­o para o fim do Apartheid na África do Sul. "Não devemos nos esquecer que os avanços que tivemos para a aprovação pela ONU da resolução 435/ 78 para a Independên­cia da Namíbia, começou com uma acção de Agostinho Neto, quando convidou o então Secretário-geral da ONU a visitar Angola, a quem propôs a criação de uma "zona militariza­da" na fronteira entre os dois países, portanto, entre Angola e Namíbia", revelou Roberto de Almeida. Neto, disse, pugnou sempre pela integridad­e do território nacional, pela unidade do povo e pela Independên­cia.

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