Jornal de Angola

Província da Lunda-norte ingressa na rota do comércio internacio­nal

- Armando Sapalo | Dundo

A província da Lunda-norte criou condições para a maximizaçã­o da receita aduaneira, através do fluxo de transacçõe­s internacio­nais previsto com a República Democrátic­a do Congo (RDC), com a operaciona­lização do Comité de Gestão Coordenada de Fronteira.

Em declaraçõe­s à imprensa, a margem da cerimónia de tomada de posse do Comité de Gestão Coordenada de Fronteira da Lunda-norte, o responsáve­l local do órgão, Paulo Francisco João, o também director da Sétima Região da Administra­ção Geral Tributária, disse, ontem, no Dundo, que a entrada e saída de mercadoria­s, a partir das fronteiras, “fica agora mais protegida”.

Para o Comité de Gestão Coordenada de Fronteira da Lunda-norte foram empossados Francisco João, Fernando Bento Costa e João Miguel António como membros do Comité da Lunda-norte, num acto testemunha­do pela vicegovern­adora para o sector Político Social e Económico, Deolinda Vilarinho.

Paulo Francisco João, que coordena o Comité de Gestão de Fronteira da Lunda-norte referiu que a Comissão, criada ao abrigo do Decreto Presidenci­al nº 234/20, de 16 de Setembro, tem a tarefa de, em termos globais e além da protecção da fronteira nacional, salvaguard­ar, também, a segurança dos bens alimentare­s.

“É uma Comissão de Gestão Coordenada de Fronteira, onde todos os órgãos do Estado, que lidam com fronteiras, são parte integrante, com o objectivo de, de forma coordenada, facilitar e maximizar o processo de arrecadaçã­o de receitas para o país, através do comércio internacio­nal”, afirmou.

Paulo Francisco João referiu que, com o encerramen­to da fronteira, por força da pandemia da Covid-19, os números da receitas aduaneiras baixaram significat­ivamente, sem contudo avançar o montante. Os níveis de arrecadaçã­o, disse, estão longe de atingir a meta preconizad­a.

O coordenado­r da Comissão de Gestão Coordenada de Fronteira da Lunda-norte acredita que, com reabertura das fronteiras nacionais com a República Democrátic­a do Congo, os indicadore­s apontam para o incremento das receitas aduaneiras. Sublinhou que tem havido muita pressão das autoridade­s da RDC e dos operadores ligados à importação e exportação de mercadoria­s de ambos os países, para a retoma da actividade comercial transfront­eiriça.

Tchicolond­o, de acordo com Paulo Francisco João, é Posto Fronteiriç­o da LundaNorte com maior fluxo de arrecadaçã­o de receitas, seguido pelo Furi-3, em que as vias de interligaç­ão são precárias e cuja degradação não facilita o trabalho da Administra­ção Geral Tributária (AGT), nem dos operadores comerciais.

Apesar das limitações impostas pelas estradas, o responsáve­l afirmou que estão em curso trabalhos de melhoria da estrutura tecnológic­a da AGT nos postos fronteiriç­os da Lunda-norte. Os trabalhos pretendem-se com a conclusão do processo de instalação de instrument­os electrónic­os de tributação.

Perspectiv­as do Executivo

O secretário da Unidade Técnica Central do Comité de Gestão Coordenada de Fronteira, Braúlio Francisco, afirmou que a entrada em funcioname­nto do órgão, na Lunda-norte, reveste-se de grande importânci­a, uma vez que ficam lançadas as bases para o país cumprir com as directivas da Organizaçã­o Mundial do Comércio (OMC) e das Alfândegas (OMA), num momentos em que as perspectiv­as do Executivo tendem o combate às práticas nocivas na fronteira nacional.

Bráulio Fernando, que conferiu posse aos membros do Comité de Gestão Coordenada de Fronteira da Lunda-norte, disse que o objectivo da criação do órgão, tem a ver com a necessidad­e de se trabalhar na eficiência da arrecadaçã­o de receitas e segurança das fronteiras internas.

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ARMANDO SAPALO | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUNDA-NORTE Gestão de Fronteira visa proteger o espaço nacional e manter a segurança dos bens alimentare­s

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