País tem um enfermeiro para cada mil habitantes
Angola tem um enfermeiro para cada mil habitantes, revelou, ontem, em Cabinda, o bastonário da Ordem daquela classe de profissionais (ORDENFA), durante a abertura das 13ª Jornadas Científicas da organização, que decorrem até hoje.
Paulo Luvualu realçou que, actualmente, o país tem 39 mil enfermeiros, admitidos na Função Pública, mas a Ordem tem inscritos mais de 67 mil profissionais, o que significa que “temos ainda muitos formados sem emprego”.
O bastonário defendeu que um enfermeiro formado deve, necessariamente, trabalhar e não estar no “olho da rua”, para evitar que esse recorra à tendência de abrir um centro ou posto de saúde sem as mínimas condições ou de forma clandestina.
Criticou, igualmente, as condições de trabalho dos enfermeiros, que considerou não serem ainda das melhores, apesar dos esforços desenvolvidos pelo Executivo, principalmente ligados à construção de hospitais, centros e postos de saúde e de equipar essas instituições com tecnologias modernas.
A falta de atribuição de subsídios de isolamento e de atavio aos profissionais que trabalham fora de centros urbanos é a outra preocupação que inquieta a ORDENFA.
O vice-governador para o Sector Político e Social, Miguel dos Santos de Oliveira, enalteceu o sentido humano e o profissionalismo demonstrado pelos enfermeiros nas unidades sanitárias, ao fazerem tudo no sentido de prestarem uma boa assistência aos pacientes que acorrem às unidades hospitalares em busca de salvamento.
Miguel dos Santos de Oliveira admitiu que a classe ainda se depara com algumas dificuldades, mas que, paulatinamente, o Executivo tem estado a resolvê-las.
Quanto às Jornadas Científicas da ORDENFA, o vicegovernador considerou essa realização como uma soberana oportunidade para os profissionais de saúde promoverem o intercâmbio de conhecimentos e alcançarem maior capacidade de investigação científica.
“É oportuno actualizar o conhecimento dos nossos técnicos, para que estejam à altura dos padrões internacionais e lidarem melhor com os pacientes”, notou Miguel dos Santos Oliveira.