Jornal de Angola

Angola contribui com USD 10 milhões para o Fundo Humanitári­o

África do Sul vai disponibil­izar o mesmo valor e a Dinamarca, como parceira, vai apoiar com 19 milhões de euros. O Presidente João Lourenço disse que as doações são significan­tes mas insuficien­tes

- Diogo Paixão/malabo

Angola vai contribuir com dez milhões de dólares para o Fundo Humanitári­o da União Africana, anunciou ontem, em Malabo, Guiné Equatorial, o Presidente da República.

João Lourenço, fez o anúncio quando dirigia os trabalhos da Cimeira sobre Questões Humanitári­as e a Conferênci­a de Doadores. O mesmo montante vai ser disponibil­izado pela África do Sul.

Deste modo, Angola e África do Sul são os dois países do continente que mais vão contribuir para o Fundo destinado a dar resposta a questões humanitári­as.

A Dinamarca, um dos parceiros da União Africana, vai contribuir com 19 milhões de euros. Na globalidad­e foram angariados 66 milhões de dólares durante o evento que encerrou ontem à noite.

Ao encerrar a sessão, o Chefe de Estado angolano disse que as doações anunciadas podem ajudar a estruturar um fundo da União Africana com valor significan­te, mas não suficiente para contribuir na solução das crises humanitári­as crescentes que vão surgindo no continente.

“Julgo essencial que nos concentrem­os na criação de um mecanismo que nos permita mobilizar doações e fundos próprios de África, para que, com contribuiç­ões de outras origens, possamos criar capacidade africana para atender sempre as situações de emergência”, referiu.

Para o Presidente João Lourenço, mais do que isso é a erradicaçã­o das causas profundas que dão origem às crises, o que obriga a esforços comuns de combate ao terrorismo, melhoria da governação e o apetrecham­ento dos países em meios humanos.

“Teremos que desenvolve­r esforços no s entido de melhorar a coordenaçã­o e a concertaçã­o de políticas, para que, no âmbito da acção conjugada, consigamos reforçar a solidaried­ade e assegurar a adopção de medidas que garantam a protecção e assistênci­a eficazes dos grupos vulnerávei­s, especialme­nte mulheres, crianças, idosos e pessoas com deficiênci­a”, disse.

O Presidente da República considera que a Declaração de Malabo sobre questões Humanitári­as passa a ser o documento reitor de toda a acção comum. João Lourenço referiu que o documento contém uma análise clara da situação humanitári­a no continente e i ndicações objectivas sobre os passos a serem dados por todos os Estados para que se consiga ultrapassa­r e vencer as dificuldad­es decorrente­s das situações de emergência.

No início da intervençã­o, João Lourenço disse ter manifestad­o ao Presidente do Senegal, Macky Sall, em nome do povo angolano, sentimento­s de pesar pela tragédia ocorrida naquele país.

À margem da Cimeira, o Presidente da República manteve um encontro com o Chefe de Estado da Libéria, George Weah, com quem abordou a cooperação entre os dois países.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO | MALABO Presidente João Lourenço disse ser importante a erradicaçã­o das causas profundas que dão origem às crises no continente

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