Jorge Bom-jesus busca apoios para as eleições
O Chefe do Governo são-tomense está à procura de apoios para garantir os meios financeiros para a realização das próximas eleições
O Primeiro- Ministro sãotomense disse, quinta-feira, que o Governo realizou uma mesa-redonda em Libreville onde vários parceiros confirmaram o apoio ao país para a realização das eleições legislativas, autárquicas e regionais do Príncipe marcadas para Setembro.
“Não temos todos os recursos, daí a necessidade sempre para a realização dessas eleições de mobilizar os parceiros - o que foi feito. Houve uma mesa-redonda em Libreville em que vários parceiros bilaterais e multilaterais confirmaram o apoio para a s eleições”, disse o PrimeiroMinistro, citado pela Lusa.
Jorge Bom Jesus assegurou que “o Governo está a trabalhar para a preparação destas eleições, mobilizando meios financeiros para o efeito”, realçando que há 30 anos que o país tem “uma democracia aberta” e as “eleições têm decorrido com toda a transparência e lisura”, e “que desta vez também será o mesmo”.
Na semana passada, o Parlamento são-tomense elegeu o juiz José Carlos Barreiros para presidir à Comissão Eleitoral Nacional (CEN), composta por sete homens e apenas uma mulher, para preparar as eleições legislativas, autárquicas e regionais do Príncipe.
Jorge Bom Jesus reconheceu que “houve uma falha” do seu partido e do Governo por não ter indicado qualquer mulher entre os cinco elementos que apresentou para a CEN. “Temos estado a mobilizar e a sensibilizar todos os autores, as próprias mulheres também têm que nos ajudar. Reconheço que foi uma falha e que há um desafio neste sentido”, admitiu Jorge Bom Jesus que é também Presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/ Partido Social Democrata (MLSTP/PSD). Contudo, assegurou, “haverá outros cargos a preencher” a nível distrital e regional” e prometeu que vai equilibrar a representação de género nestas estruturas.
Questionado sobre o surgimento do novo Movimento BASTA! a que o Presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, é “membro aderente”, afirmou que outros dirigentes e militantes do Partido da Convergência Democrática (PCD, a cuja direcção pertenceu durante 17 anos) também já aderiram a essa nova formação.
“O aparecimento desses movimentos acaba por ser um desafio aos partidos tradicionais, no sentido de se posicionarem e em função dos resultados perceberem que têm que fazer mais e melhor, quebrar paradigmas, comentou o Primeiro-ministro. Contudo, disse que acolhe “com toda serenidade” o surgimento de novos partidos e movimentos considerando que “tudo isto mostra a vitalidade” da democracia do país.