Estado de calamidade no Príncipe
O Governo
de São Tomé declarou, na quartafeira, estado de calamidade pública no Príncipe e aprovou a entrega de mais de 40 mil euros face aos “enormes danos materiais e prejuízos avultados” causados pelo temporal que atingiu a ilha na segunda-feira.
Em declarações à Lusa, o presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, assegurou que não se registaram mortos ou feridos.
“Todas as ribeiras e rios acabaram por estar com um nível de água que transbordava para as zonas limites e as casas fixadas perto destas zonas”, explicou o líder do Governo regional. Segundo Filipe Nascimento, os acessos às comunidades de Bela Vista, Abade e Aeroporto, “ficaram totalmente intransitáveis devido à erosão de terras” e há ainda “várias comunidades com inundações e enchentes da água em residências, com destruição de móveis e electrodomésticos”.
“Vários lotes de terrenos agrícolas também estão com muitas derrocadas e deslizamento de terras”, acrescentou, dando conta que o único reservatório de combustível da ilha também registou uma “inundação e infiltração”, necessitando de “intervenção técnica especializada”. Face à situação o Governo de São Tomé declarou situação de calamidade pública na Região Autónoma do Príncipe até o dia 5 de Junho e defendeu a necessidade de se “mobilizar todos os esforços e sinergias para dar uma resposta urgente e assertiva à esta situação e ajudar o Governo Regional e as populações mais afectadas”.
Segundo um comunicado do Governo, o Conselho de Ministros reuniu-se na terça-feira à tarde e autorizou “a transferência imediata de 1.000.000 dobras”, (40.767 euros) para o Governo Regional, “como apoio de urgência para ajudar a mitigar as situações mais prementes”.