Lula pode vencer à 1ª volta nas presidenciais brasileiras
O ex-presidente brasileiro Lula da Silva aumentou a diferença entre o actual Presidente, Jair Bolsonaro, de 17 para 21 pontos percentuais nas intenções de voto para as eleições presidenciais de Outubro, segundo a sondagem divulgada ontem pelo Datafolha.
As intenções de voto do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) aumentaram cinco pontos percentuais em dois meses, de 43 por cento numa sondagem Datafolha semelhante a realizada em Março para 48 por cento na nova sondagem, realizada entre quarta-feira e ontem.
Para vencer à primeira volta é necessário mais de 50 por cento dos votos.
A percentagem de brasileiros dispostos a reeleger Bolsonaro, candidato do Partido Liberal (PL), subiu apenas um ponto, de 26 por cento em Março para 27 por cento em Maio, de acordo com a sondagem encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo.
A sondagem confirmou não só o favoritismo de Lula, mas também a polarização total da disputa eleitoral no Brasil entre os dois, até porque o terceiro candidato mais favorecido é o ex-ministro do Trabalho Ciro Gomes, o terceiro mais votado nas eleições de 2018, que tem apenas 7 por cento da intenção de voto.
Os outros candidatos não têm mais de 2 por cento da intenção de voto.
Depois de Ciro Gomes, os candidatos com maior intenção de voto são André Janones, do partido Avante, com 2 por cento; a senadora Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 2 por cento;
Pablo Marçal, do partido Pros, com 1; e Vera Lucia, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unidos (PSTU), com também um por cento.
Os candidatos Felipe d'ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC), Luciano Bivar (UB) e General Santos Cruz (Podemos) nem sequer pontuaram.
Esta é a primeira sondagem publicada desde que dois dos possíveis candidatos que tinham alguma viabilidade, o antigo juiz Sergio Moro e o antigo governador de São Paulo João Doria, anunciaram que se tinham retirado da corrida para a Presidência.
Segundo o Datafolha, o novo inquérito ouviu 2.556 eleitores com mais de 16 anos em 181 cidades diferentes do país, entre quarta-feira e ontem, e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais.