Angola continua a ser trincheira da revolução em África
O chefe das Forças de Defesa Nacional da República da África do Sul, general Rudzani Mphwanya, afirmou, ontem, em Caxito, província do Bengo, que Angola continuará a ser a trincheira firme da revolução, no continente africano, em particular da região Austral.
Rudzani Mphwanya chefia a delegação sul-africana que trabalha na província do Bengo, com objectivo de identificar os locais onde se encontram sepultados antigos guerrilheiros do Congresso Nacional Africano (ANC), tombados nesta região de Angola.
Explicou que a África do Sul tenciona erguer e recuperar monumentos históricos, para honrarosseusmilitares.ogeneral Mphwanya sublinhou que o seu país vai continuar a fortaleceracooperaçãocomangola, emtodososdomínios,nosentido de alcançar o nível de desenvolvimento pretendido.
“As relações entre Angola e África do Sul não estão baseadas somente na situação actual da SADC. A história é boa, mas o mais importante é ver o que podemos fazer na base dos fundamentos deixados por aqueles que lutaram para manter a paz”, disse.
Acrescentou que a cooperação diplomática militar abrange também o contexto económico dos dois países, porque “é com esforço militar que as outras áreas conseguem ter o seu funcionamento normal, alcançando o desenvolvimento e a segurança”.
Rudzani Mphwanya afirmou que a província do Bengo é uma região histórica importante para o povo sul-africano, por ter sido um dos pontos de preparação combativa contra os racistas sul-africanos.
Segundo o general sul-africano, o primeiro ponto que registou a presença de militares do ANC, em Angola, foi na região sul, numa zona conhecida como “Nova Cadeia”, onde a base militar foi retirada depois de ter sido atacada por racistas sul-africanos.
“O segundo ponto, onde o governo angolano colocounos, foi aqui na província do Bengo. Estávamos concent rados em Quibaxe e no Pango-aluquém, onde as nossas bases foram instaladas depois de termos sido movidos do Sul de Angola”, contou.
Acrescentou que depois do Bengo, a capital do país (Luanda) entrou também na rota de afixação da base militar dos sul-africanos do ANC, na comuna da Funda, município de Cacuaco, nos anos 70.
“Em Luanda, abrimos uma base na Funda, com equipamentos sofisticados. Era a única que tinha uma capacidade de defesa, com força antiaérea, para contrapor os inimigos da África do Sul”, revelou.
Delegação sul-africana em visita à cidade de Caxito, província do Bengo