Jornal de Angola

Angola continua a ser trincheira da revolução em África

- Alfredo Ferreira | Caxito

O chefe das Forças de Defesa Nacional da República da África do Sul, general Rudzani Mphwanya, afirmou, ontem, em Caxito, província do Bengo, que Angola continuará a ser a trincheira firme da revolução, no continente africano, em particular da região Austral.

Rudzani Mphwanya chefia a delegação sul-africana que trabalha na província do Bengo, com objectivo de identifica­r os locais onde se encontram sepultados antigos guerrilhei­ros do Congresso Nacional Africano (ANC), tombados nesta região de Angola.

Explicou que a África do Sul tenciona erguer e recuperar monumentos históricos, para honrarosse­usmilitare­s.ogeneral Mphwanya sublinhou que o seu país vai continuar a fortalecer­acooperaçã­ocomangola, emtodososd­omínios,nosentido de alcançar o nível de desenvolvi­mento pretendido.

“As relações entre Angola e África do Sul não estão baseadas somente na situação actual da SADC. A história é boa, mas o mais importante é ver o que podemos fazer na base dos fundamento­s deixados por aqueles que lutaram para manter a paz”, disse.

Acrescento­u que a cooperação diplomátic­a militar abrange também o contexto económico dos dois países, porque “é com esforço militar que as outras áreas conseguem ter o seu funcioname­nto normal, alcançando o desenvolvi­mento e a segurança”.

Rudzani Mphwanya afirmou que a província do Bengo é uma região histórica importante para o povo sul-africano, por ter sido um dos pontos de preparação combativa contra os racistas sul-africanos.

Segundo o general sul-africano, o primeiro ponto que registou a presença de militares do ANC, em Angola, foi na região sul, numa zona conhecida como “Nova Cadeia”, onde a base militar foi retirada depois de ter sido atacada por racistas sul-africanos.

“O segundo ponto, onde o governo angolano colocounos, foi aqui na província do Bengo. Estávamos concent rados em Quibaxe e no Pango-aluquém, onde as nossas bases foram instaladas depois de termos sido movidos do Sul de Angola”, contou.

Acrescento­u que depois do Bengo, a capital do país (Luanda) entrou também na rota de afixação da base militar dos sul-africanos do ANC, na comuna da Funda, município de Cacuaco, nos anos 70.

“Em Luanda, abrimos uma base na Funda, com equipament­os sofisticad­os. Era a única que tinha uma capacidade de defesa, com força antiaérea, para contrapor os inimigos da África do Sul”, revelou.

Delegação sul-africana em visita à cidade de Caxito, província do Bengo

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MARIA JOÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO|BENGO

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