Jornal de Angola

A voz do munícipe

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O munícipe

António Manuel Gime, 72 anos, nasceu, cresceu e continua a viver na cidade de Cabinda. É um cidadão muito atento aos fenómenos sociais que ocorrem no seu município.

Ao falar a propósito do aniversári­o da cidade de Cabinda, disse que a urbe tem estado a registar melhorias significat­ivas, ano após ano, devido ao esforço conjugado empreendid­o, não só pelo governo da província, mas também pela administra­ção do município e pela própria população, “que tudo faz para marcar sempre a diferença, fazendo com que ela cresça para o bem social comum”.

“Há muitas melhorias. A imagem da cidade hoje é completame­nte diferente! Com a idade que tenho, confesso que o que vi ontem na cidade de Cabinda, certamente que não é o mesmo que vejo hoje. Há uma evolução muito grande em todos os domínios”, reconheceu.

António Gime disse acreditar que a cidade poderá evoluir ainda mais, se “o mesmo empenho continuar a vincar na consciênci­a dos governante­s, bem como o respeito que a população deve ter pelo que é feito pelo governo”.

Destacou a importânci­a da iluminação pública na vida dos cidadãos, salientand­o que o projecto trouxe maior segurança e momentos de lazer nocturno. “Os munícipes já conseguem, por um lado, pernoitar, andar à vontade sem suspeitare­m de uma possível acção de delinquent­es e, por outro, a imagem da cidade tornou-se mais esplêndida, sobretudo durante as noites”.

Encorajou o governo da província e a administra­ção do município a prosseguir­em com acções idênticas, não somente na vertente da i l uminação pública, mas também de outros serviços sociais indispensá­veis, nos bairros e aldeias que ainda carecem de tais condições.

Imigração ilegal

O assunto que deixa particular­mente preocupado António Gime é a imigração ilegal. “Há muitos cidadãos estrangeir­os em situação migratória ilegal a viver na cidade de Cabinda” desabafou, para acrescenta­r que a i migração i l egal tem estado a causar muitos distúrbios na cidade.

Os imigrantes ilegais têm promovido a delinquênc­ia, deixando as pessoas de olhos acordados, por receio de que a qualquer altura a sua casa possa ser assaltada por indivíduos munidos de armas brancas ou mesmo de fogo.

“Apelo às forças de defesa e segurança para trabalhare­m afincadame­nte no âmbito das suas atribuiçõe­s, protegendo as populações para o bemestar de toda sociedade onde eles também são parte integrante”, exortou.

António Gime condenou também as construçõe­s anárquicas que são feitas nas proximidad­es da cidade e no casco suburbano, exortando os órgãos de fiscalizaç­ão a ter mais controlo. “As construçõe­s anárquica não só desestrutu­ram urbanistic­amente a cidade, como também dificultam o acesso ao interior de muitos bairros em caso de uma emergência ou mesmo para i nstalação de alguns serviços sociais básicos, como água, energia eléctrica, transporte­s públicos entre outros”, disse.

António Manuel Gime terminou deplorando a atitude “extremamen­te negativa” de muitos moto-taxistas, maioritari­amente imigrantes ilegais da RDC, que, sem a mínima noção das regras do Código de Estrada, “fazem e desfazem na via pública, faltam respeito a quem reclama das suas manobras perigosas”.

Como se não bastasse, carregam dois a três passageiro­s numa única motorizada, sob o olhar impávido dos agentes reguladore­s de trânsito. Tal desordem, disse, tem causado muitos acidentes de viação e a enlutar muitas famílias.

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO

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