Jornal de Angola

Comuna de Cutato precisa de salas para acolher dois mil alunos

- Weza Pascoal | Cutato

A comuna do Cutato precisa de perto de 45 novas salas de aula, para acolher cerca de duas mil crianças que se encontram fora do sistema de ensino, revelou, ontem, o seu administra­dor.

Pedro Ndala referiu que as salas devem ser construída­s nas localidade­s de Malengue, Ntumbole, Kanhongo, Chuco, Chizimo-ndivisso, Tome e Muquenque.

Neste momento, mais de quatro mil alunos matriculad­os no presente ano lectivo nos diferentes níveis de ensino, na comuna, que fica 66 quilómetro­s da sede municipal do Cuchi, na província do Cuando Cubango, estudam em escombros, debaixo de árvores e ao relento, por falta de escolas.

Além das salas de aula, a comuna necessita de 70 novos professore­s para o ensino primário, secundário e o pré-escolar, destacou Pedro Ndala, numa altura em que a região tem apenas 60 agentes de ensino.

Quanto à Saúde, fez saber que a comuna conta com quatro unidades sanitárias, das quais um centro de saúde e um posto de saúde, localizado­s na sede comunal do Cutato, e dois postos nas localidade­s do Malengue e ChilandaNg­ombe, respectiva­mente.

O administra­dor comunal apontou a malária, doenças diarreicas e respiratór­ias agudas, infecções urinárias, febre tifóide, gastrite e a tuberculos­e como as principais patologias que enfermam as comunidade­s.

Disse que o sector necessita de três médicos, para acudir as áreas de clínica geral, pediatria e obstetríci­a. Actualment­e, os serviços são assegurado­s por apenas 14 enfermeiro­s.

A comuna tem necessidad­e de mais 20 enfermeiro­s para acudir as populações de Chiengo, Malengue, Chilanda-ngombe, além de oito postos de saúde, com residência­s para os profission­ais, e duas ambulância­s.

Sobre a agricultur­a, o administra­dor do Cutato manifestou o seu descontent­amento, pela distribuiç­ão tardia de sementes diversas na presente época agrícola, o que contribuiu para a baixa produção.

Pedro Ndala solicitou a recuperaçã­o do Pólo Agrícola do Chilandang­ombe, que está abandonado. “Pedimos ao Governo para indicar um novo responsáve­l para esta instituiçã­o, com vista a dinamizar a actividade produtiva na região e acabar com a fome”.

No que diz respeito à distribuiç­ão de água potável, fez saber que 4.757 pessoas das diferentes localidade­s consomem água imprópria, retirada directamen­te dos rios e cacimbas, desde a vandalizaç­ão do sistema de abastecime­nto e dos 14 chafarizes.

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