País regista mais de cinco mil acidentes de trabalho
A Inspecção Geral do Trabalho (IGT) registou, desde 2018 até ao primeiro trimestre deste ano, um total 5.974 acidentes de trabalho em todo o território nacional, revelou, sexta- feira, em Luanda, o inspector-geral adjunto da instituição.
Mário Tavira, que anunciou os dados durante um seminário, que visou discutir aspectos sobre a qualidade, higiene, segurança, saúde e ambiente, considerou os números de bastante preocupantes para o país.
Durante a dissertação, o inspector-geral adjunto referiu que 4.878, das vítimas dos 5.974, sofrem de incapacidade temporária, 101 foram fatais e 995 apresentam lesões consideradas leves, segundo dados reportados pelas próprias empresas.
O responsável revelou, ainda, que a par disso constitui preocupação a falta de informação, pois, as empresas furtam-se de mandar os dados estatísticos sobre acidentes de trabalho, actividades mensais, trimestrais, semestral e anual para a IGT.
“A falta da cultura informativa, cumprimento das regras estabelecidas por leis, decretos e normas leva-nos a concluir que o número de acidentes reportados, neste período, ainda não corresponde com a realidade efectiva, daí que solicitamos maior interacção entre a IGT e as empresas”, concluiu.
Mário Tavira avançou que as empresas de construção civil lideraram a lista de acidentes, seguidas pelos prestadores de serviços do ramo petrolífero e, neste momento, o sector agrícola tende a subir os registos, devido às novas tecnologias usadas nas máquinas e os fertilizantes tóxicos.
Por isso, louvou a realização do encontro, promovido pela Bureau Veritas, que contou com a presença de membros do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, empresas petrolíferas, centros de formação profissional e de telecomunicações, entre outras.
Durante o referido seminário, os participantes abordaram diversos temas, com destaque para “Como trabalhar em conjunto, para construir uma cultura de sugurança positiva”, “Medidas de autoprotecção”, “Edifícios requisitos mandatários”, “Importância dos planos de emergência e dos simulacros nos edifícios” e “Segurança nas estradas, agindo em conjunto”.