Jornal de Angola

Dívida pública cai para 40% do PIB em 2026

Representa­nte residente prevê acentuada trajectóri­a descendent­e, devido às políticas fiscais do Governo

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A dívida pública angolana cai para 57,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, na continuaçã­o de uma trajectóri­a descendent­e iniciada em 2020, que, em 2026, situa-a em 40,2 por cento, de acordo com projecções anunciadas, em Luanda, pelo representa­nte residente do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI).

Marco Souto avançou previsões de que a dívida cai em percentage­m do PIB de forma sucessiva, este ano, bem como em 2023, quando se situa em 54,6 por cento, em 2024, ao descer para 49,9 por cento, e em 2025, quando a queda se acentua para 44,2 por cento, até chegar ao nível mais baixo do período estudado, em 2026.

De notar que, segundo os números do FMI, a trajectóri­a descendent­e da dívida pública angolana vem de níveis considerad­os críticos de 93 e de 113,6 por cento, observados em 2018 e 2019, bem como de 136,8 por cento, em 2020.

O representa­nte residente atribuiu a evolução favorável da dívida às políticas fiscais adoptadas pelo Governo para equilibrar os gastos, tornando-os compatívei­s com as receitas fiscais.

Além disso, consideran­do que uma parcela consideráv­el da dívida angolana está indexada à moeda estrangeir­a, a apreciação forte do kwanza verificada desde o ano passado “ajuda a dívida a cair” para níveis sustentáve­is.

De acordo com a fonte, que falava no último programa “Directo ao Ponto”, da TV Zimbo, “a variação do preço do petróleo também foi um factor prepondera­nte na dinâmica da taxa de câmbio (embora não tenha sido o único)”.

O representa­nte residente do FMI alertou para que o factor cambial associado à redução da percentage­m da dívida no PIB está sujeito à volatilida­de do preço do petróleo, notando que, apesar de o barril estar a ser negociado a 110 dólares, esse nível pode cair rapidament­e, diante de eventual conjuntura adversa .

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DR Reformas e valorizaçã­o do kwanza reforçam sustentabi­lidade da dívida, diz Marco Souto

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