Jornal de Angola

Papa visita vítimas dos conflitos armados

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O Papa Francisco vai encontrar-se com vítimas dos confl i t o s n a República Democrátic­a do Congo (RDC) e visitar um campo de deslocados no Sudão do Sul, durante a sua viagem aos dois países no início de Julho, anunciou, ontem, o Vaticano.

Francisco tem a deslocação àqueles dois países agendada para o período de 2 a 7 de Julho e o pontífice, que mediou pessoalmen­te as negociaçõe­s de paz no Sudão do Sul, visitará a capital, Juba, enquanto na RDC estará nas cidades de Kinshasa e Goma, no Leste do país.

A visita ao Sudão do Sul é uma das mais desejadas por Francisco desde que começou o seu pontificad­o e tinha sido já adiada nalgumas ocasiões devido à instabilid­ade do país. A viagem chega numa altura em que o pontífice sofre de fortes dores no joelho que o impedem de andar e ficar de pé durante longos períodos, pelo que está a usar uma cadeira de rodas para se deslocar e uma bengala para o ajudar.

Segundo o programa publicado pelo Vaticano, Francisco dedicará o seu primeiro dia na capital da RDC a visitas oficiais às autoridade­s, enquanto no dia seguinte celebrará a missa no aeroporto de Ndolo, em Kinshasa e, à tarde, terá o tradiciona­l encontro com o clero do país na catedral de Notre Dame du Congo (Nossa Senhora do

Pontífice fala com deslocados

Congo). Francisco viajará depois para Goma, onde celebrará a missa e se encontrará com as vítimas da violência na província do Kivu Norte, que tem sido afectada não só pelo conflito, mas também por uma grave epidemia de Ébola e inundações.

No dia 5 de Julho, o Papa seguirá para o Sudão do Sul e para esta visita será acompanhad­o pelo arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e pelo moderador da Igreja da Escócia, Jim Wallace, ambos a trabalhare­m com o Vaticano para ajudar no processo de paz no país, onde existe uma forte presença anglicana.

Além das habituais audiências com as autoridade­s, o Papa visitará o campo de deslocados em Juba, onde se encontram milhares de pessoas que estão relutantes em regressar aos seus locais de origem por receio de violência.

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