Petro perde e desperdiça consagração continental
Embaixador angolano claudicou na derradeira fase do jogo com um adversário preparado a evitar segundo desaire na final
Os 28 pontos de Gerson Gonçalves "Lukeny" e 12 de Carlos Morais foram insuficientes para conquistar a segunda edição da Basketeball African League, ao perder , ontem, frente ao US Monastir da Tunísia, por 7283, na partida da final da competição, quando ao cabo dos primeiros 20 minutos vencia por uma margem de sete pontos (40-33).
Com este triunfo, o US Monastir da Tunísia, finalista vencido da edição passada, destronou o Zamalek do Egipto. Apesar da vitória dos tunisinos, o desafio foi pautado pelo equilíbrio, desfeito apenas na ponta final.
Depois de estar a perder por 0- 2, a formação do Petro de Luanda reagiu com dois lançamentos de longa distância, protagonizados por Carlos Morais e Gerson Gonçalves "Lukeny", respectivamente.
O poste Ater Majok, com um afundanço na cara de Jone Lopes Pedro, tratou de restabelecer a igualdade a oito pontos, quando restavam seis minutos e quatro segundos para finalizar o primeiro quarto.
Órfão de jogo interior, os tricolores optavam pelos lançamentos de longa distância, que nem sempre eram assertivos.
José Neto, técnico brasileiro ao serviço da equipa tricolor, foi obrigado a solicitar desconto de tempo, em virtude de a tunisina ter igualado a marcha do marcador, à entrada do minuto cinco, a 12 pontos.
Se no capítulo defensivo as coisas corriam à feição, o mesmo j á não se pode dizer do ataque, que esteve algo fragilizado.
O ivoirense Soulyman Diabate tratou de colocar o Usmonastir da Tunísia à frente do marcador, ao cabo dos primeiros dez minutos (16-18), depois de ter efectuado um sprint defesaa t a q ue, t e r minando a jogada com uma bandeja com a mão esquerda.
Numa partida pautada pelo equilíbrio, fundamentalmente, nos dois primeiros períodos, coube aos treinadores chamarem a si o "protagonismo", com pedidos sistemáticos de descontos de tempo, sempre que a marcha do marcador estivesse a desfavor.
Os tricolores conseguiram uma vantagem de seis pontos (27-21), quando restavam sete minutos e 51 segundos para o intervalo maior, depois de um lançamento de longa distância protagonizado pelo veterano Olímpio Cipriano.
A quatro minutos do fim do segundo período, os petrolíferos permitiram que o adversário anulasse a vantagem de sete pontos e passasse a liderar o mrcador (27-28).
Apoiados de forma incondicional pelos rwandeses, que se juntaram à claque angolana, os petrolíferos conseguiram suplantar os tunisinos, terminado os primeiros 20 minutos com uma vantagem de sete pontos (40-33).
Ao contrário do que se esperava, o representante angolano entrou algo apático, permitindo que o opositor fizesse um parcial de 4-0 (40-37).
Carlos Morais e Gerson
Gonçalves "Lukeny" reagiram com dois lançamentos de longa distância, para a ovação da zona de imprensa, que esteve toda a apoiar o embaixador angolano.
A partir daí, houve um apagão tricolor que ficou largos minutos sem marcar, ao contrário do opositor, obrigando o técnico José Neto, eleito melhor treinador da competição, a solicitar desconto de tempo.
Entretanto, um afundanço do internacional angolano, Yanick Moreira, obrigou o técnico sérvio a solicitar desconto de tempo, quando o placar registava 58-54, a favor do "embaixador" angolano.
O Petro de Luanda perdeu no parcial, por 19-25, o que perfez 59-57, à entrada do derradeiro período. Em pleno dia de aniversário, Jone Lopes Pedro acabou sendo desqualificado, quando restavam ainda sete minutos por jogar. Yanick Moreira, que terminou com dois pontos, foi o segundo atleta a ser desqualificado.
Na ponta final, os tricolores não resistiram à excelente organização defensiva, para além do ataque eficiente da equipa tunisina.
Zamalek em terceiro
A equipa do Zamalek do Egipto quedou-se no terceiro lugar, ao derrotar, na sextafeira, o FAP dos Camarões, por 74-97.
Depois de ter perdido, nas meias- finais, para o US Monastir da Tunísia, por 8188, o Zamalek, vencedor da primeira edição, apareceu completamente transfigurado, vergando com toda a naturalidade o FAP, que terminou no quarto lugar.