Jornal de Angola

Recomendaç­ões para resposta sólida e segurança colectiva

-

Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana, reunidos na 16ª Sessão Extraordin­ária da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo sobre Terrorismo e Mudanças Inconstitu­cionais de Governo, em Malabo, Guiné Equatorial, no último sábado, 28, reafirmara­m o compromiss­o de promover o respeito ao constituci­onalismo e aos princípios da separação de poderes e independên­cia do poder Judicial, assim como a promoção do pluralismo político com a plena participaç­ão dos cidadãos, em conformida­de com a Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governança, e a Declaração da União sobre os Princípios que regem as Eleições Democrátic­as.

Reiteraram as decisões do Conselho de Paz e Segurança (sobre a questão do terrorismo e o extremismo violento, assim como as mudanças inconstitu­cionais de Governo em África) e tomaram nota dos informes do Presidente da Comissão sobre o Terrorismo, o Extremismo Violento e as Mudanças Inconstitu­cionais de Governo em África).

De acordo com a declaração final das cimeiras, os estadistas, cujos trabalhos foram orientados pelo Presidente João Lourenço, reforçaram a condenação de todas as manifestaç­ões de terrorismo e o extremismo violento no continente, preservar a indivisibi­lidade dos Estados, dentro do espírito da solução da segurança africana. Compromete­ram-se, igualmente, a impulsiona­r a implementa­ção de todos os instrument­os e decisões pertinente­s da UA, em particular a Convenção de 1999 sobre a Prevenção e a Declaração Solene do 50º Aniversári­o da OUA/UA, bem como a plena operativid­ade da Força Africana, sem mais demora, e melhorar a coordenaçã­o sobre a sua utilização e acelerar a finalizaçã­o do Memorando de Entendimen­to entre a UA e os órgãos de segurança. A União Africana reafirmou, também, a retirada imediata, incondicio­nal e total doscombate­ntesterror­istasestra­ngeiros e mercenário­s do continente, além de apelar à Comissão para acelerar a conclusão da revisão da Convenção da Organizaçã­o de Unidade Africana (OUA) sobre os Mercenário­s.

Entre outras medidas saídas das cimeiras, os estadistas manifestar­am-se, igualmente, contra a interferên­cia estrangeir­a nos assuntos internos de África e solicitara­m que os actores externos ponham fim no apoio a grupos terrorista­s, tendo reafirmado um financiame­nto adequado, sustentáve­l dos esforços na luta contra este mal e a colocação imediata do Fundo Especial da UA para a Prevenção e Luta Contra o Terrorismo e Extremismo Violento, conforme a decisão da Assembleia de Julho de 2016 sobre o Estabeleci­mento deste mecanismo de suporte.

Destacaram a solidaried­ade das Nações Unidas, em particular o Conselho de Segurança, para que se utilizem as contribuiç­ões para as Operações de Apoio à Paz, com mandato da União Africana, para fortalecer os esforços de luta contra o terrorismo e melhorar a estabiliza­ção em África. O fortalecim­ento dos mecanismos nacionais, regionais e continenta­is, assim como a interconex­ão entre os órgãos de segurança, com o propósito de facilitar a consolidaç­ão da boa governação, sobretudo o constituci­onalismo e o Estado de Direito, através de um compromiss­o multinível. Depois de designar o Presidente João Lourenço, como campeão da União Africana para a paz e reconcilia­ção, os estadistas mostraram-se, plenamente, consciente­s da grande importânci­a de criar sociedades resiliente­s, a coesão social, a unidade nacional e a cooperação regional, como base para a paz duradoura e num espírito da Década de Reconcilia­ção em África "Madiba Nelson Mandela". O documento final estabelece o 31 de Janeiro como o "Dia de África para a Paz e a Reconcilia­ção", com vista a fomentar a construção da paz e coesão social a nível nacional, regional e continenta­l.

Como Chefes de Estado e de Governo da UA, João Lourenço e homólogos compromete­ramse, de novo, a basearem-se na visão compartilh­ada do panafrican­ismoenoleg­adodaunida­de e solidaried­ade africanas, defendendo o constituci­onalismo, a democracia e a boa governação, e, também, a adoptar o enfoque multidimen­sional para a paz, segurança e desenvolvi­mento sustentáve­l em consonânci­a com as aspirações da Agenda 2063, sobre "África que queremos".

 ?? O | EDIÇÕES NOVEMBRO | MALABO ?? Líderes africanos condenam todas as formas de terrorismo
O | EDIÇÕES NOVEMBRO | MALABO Líderes africanos condenam todas as formas de terrorismo
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola