Polícia do Sri Lanca dispersa manifestantes
Apolícia do Sri Lanka utilizou, ontem, gás lacrimogéneo para dispersar milhares de estudantes que tentavam invadir a residência do Presidente Gotabaya Rajapaksa, após semanas de protestos a exigir a sua demissão.
A Polícia de choque usou canhões de água e depois gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes derrubavam barricadas metálicas numa rua que conduzia à residência presidencial, em Colombo.
Nas proximidades, milhares de mulheres e homens marcharam pelo 51º dia consecutivo, exigindo a demissão do líder do Sri Lanka, que se encontra na pior crise económica desde a Independência, em 1948.
O Primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, dirigiu-se aos manifestantes na noite de hoje, num discurso transmitido pela televisão nacional.
Ranil Wickremesinghe anunciou a criação de 15 comissões que irão trabalhar com o Parlamento para decidir sobre as futuras políticas nacionais.
"Proponho a nomeação de quatro representantes dos jovens para cada um dos 15 comités", disse, acrescentando que poderiam ser escolhidos de entre os actuais manifestantes.
Wickremesinghe foi nomeado Primeiro-ministro após o seu antecessor Mahinda Rajapaksa, o irmão mais velho do Presidente, ter-se demitido em 09 de Maio, depois de semanas de protestos e quando nenhum outro político queria o cargo.
É o único membro no Parlamento do outrora poderoso Partido Nacional Unido (UNP), que praticamente desapareceu nas eleições parlamentares de Agosto de 2020.
O partido de Rajapaksa, que na altura ganhou dois terços dos lugares na Assembleia, ofereceu-lhe apoio para liderar o país.