Jornal de Angola

OMA destaca desafios da mulher na academia e desenvolvi­mento

- Edna Mussalo

A secretária-geral da OMA, Joana Tomás, defendeu, ontem, em Luanda, que a sociedade e a academia devem encontrar e estabelece­r formas de integrar, reconhecer e distinguir aqueles e aquelas que se destacam na disseminaç­ão do conhecimen­to diferencia­do de qualidade e acessível, que não se confine ou fique caprichosa­mente fechado entre alguns.

Joana Tomás falava durante a abertura de uma mesa redonda sobre "A mulher, a academia e o desenvolvi­mento", salientand­o a necessidad­e da abordagem do tema pelo papel e espaço que a mulher vem conquistan­do na sociedade.

A líder da OMA destacou a importânci­a e o papel da mulher nas dimensões política, cientifica e social, no contexto angolano. Referiu que as questões sobre a mulher são transversa­is a todos os domínios da vida nacional, sobretudo no que diz respeito à relevância da sua intervençã­o no processo de transforma­ção social, técnico-científica e a forma como impacta nos domínios do desenvolvi­mento e conhecimen­to.

Para a alta dirigente da organizaçã­o feminina do MPLA, o debate torna-se oportuno num momento de particular sensibilid­ade eleitoral, propício ao surgimento e disseminaç­ão de várias ideias sobre diferentes temas da vida nacional, susceptíve­is de criar confusão e dúvidas na mente do eleitor.

"Por isso e, porque queremos orientar o entendimen­to e a percepção dos angolanos, homens e mulheres, sobre o que está em causa, sugerimos este debate e a reflexão que nos vai levar a conhecer o percurso e o papel da mulher na academia e desenvolvi­mento do País", destacou.

O secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, afirmou que a presença das mulheres na sociedade tem-se revelado prepondera­nte, pois têm ocupado lugares-chave. Na academia, disse, também assumem papel relevante, sublinhand­o que 43 por cento dos 320 mil estudantes no ensino superior são mulheres. "Isso demonstra que a mulher ganhou consciênci­a de que pode se formar para ocupar lugares que lhe são merecidos", referiu.

A decana da Faculdade de Engenharia da Universida­de Agostinho Neto, Alice Ceita e Almeida, disse ser gratifican­te o percurso da mulher na carreira académica angolana, mas considerou serem ainda os números reduzidos na gestão, reitorias e docência. "É necessário continuar a fazer um esforço para que esses números melhorem, criar condições para que elas (as mulheres), uma vez licenciada­s, mestradas ou doutoradas permaneçam na academia", exortou.

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