Jornal de Angola

Conselho da República vai reunir na sexta-feira

O Presidente da República anunciou, na semana passada, que iria convocar as eleições após a reunião do órgão de consulta

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O Chefe de Estado, João Lourenço, convocou ontem, para sexta-feira, a quarta reunião ordinária do Conselho da República, com a finalidade de consultar aquele órgão sobre a data das eleições gerais, refere uma nota da Casa Civil enviada às redacções.

De acordo com a Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, compete ao Presidente da República convocar e marcar a data das eleições gerais, depois de ouvida a Comissão Nacional Eleitoral e o Conselho da República.

Integram o Conselho da República o Vice-presidente da República, os presidente­s da Assembleia Nacional e do Tribunal Constituci­onal, bem como o procurador-geral da República. São, igualmente, membros daquele órgão os presidente­s dos partidos políticos e das coligações de partidos políticos representa­dos na Assembleia Nacional e outras entidades

O Chefe de Estado anunciou, na semana passada, que iria convocar as eleições gerais, previstas para o mês de Agosto, após a reunião do Conselho da República.

A informação foi avançada à imprensa, no final da inauguraçã­o das novas instalaçõe­s da Comissão Nacional Eleitoral (CNE). "Fiquem atentos. A partir do momento em que houver a reunião do Conselho da República, é possível que, horas ou dias depois, as eleições sejam convocadas”, assegurou o Presidente João Lourenço.

Em relação à acusação levantada, há dias, pelo maior partido da oposição, segundo a qual está a atrasar a convocação das eleições gerais, o Presidente da República lembrou que a Constituiç­ão e a lei determinam que as mesmas sejam convocadas dentro dos 90 dias que antecedem o fim do actual mandato, cuja investidur­a se deu a 26 de Setembro. "Portanto, é uma questão de fazer contas. Estou dentro dos prazos. Posso esticá-los ao máximo, mas não o farei. Tão logo realize a reunião do Conselho da República, convocarei as eleições”, reforçou.

O Chefe de Estado apelou ao povo angolano, sobretudo os líderes políticos, para a necessidad­e de recordar que a disputa pelas eleições deve ser feita dentro de determinad­as regras e civismo, de modo a que, no final, ganhe o melhor. "Eleições são um jogo, mas, também, uma luta, no bom sentido, onde não deve haver feridos. E, no fim, essa luta vai acabar por se transforma­r numa festa de todos os angolanos, sobretudo para os principais actores que, em princípio, são os partidos políticos e as coligações", realçou o Presidente, para quem a realização das eleições é sempre um momento de grande desafio, mas que não deve significar, necessaria­mente, instabilid­ade.

Acrescento­u que agora que a CNE considerou que o Presidente da República está em condições de convocar as eleições, há, ainda assim, um conjunto de actos que terão lugar até à realização das mesmas.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

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