Selecção faz último treino antes da recepção à RCA
Seleccionador nacional, Pedro Gonçalves, fala hoje aos jornalistas no final da sessão derradeira de preparação
A Selecção Nacional de Futebol de honras cumpre hoje, às 9h30, no Estádio 11 de Novembro, o último dia de preparação para o jogo diante da República Centro Africana (RCA), amanhã, às 17h00, no mesmo local, referente à primeira jornada do Grupo E das eliminatórias de acesso ao CAN do próximo ano, na Costa do Marfim.
Com Fredy e Buatu já integrados nos trabalhos, Pedro Gonçalves aguarda apenas pelas chegadas de Mbala Nzola, Batxi e Estrela, previstas para esta manhã. O guarda-redes Ricardo Baptista já não vem, em virtude de estar adoentado.
A presença nos treinos de todos os jogadores que formam o actual “núcleo duro” dos Palancas Negras deixa em aberto a possibilidade de o seleccionador nacional reeditar, diante da RCA, o melhor “onze” exibido nos últimos compromissos.
Partem em vantagem para dar corpo à equipa titular no jogo de amanhã, os protagonistas da exibição muito bem conseguida pelo conjunto nacional na vitória sobre o Gabão, por 3-1, por altura das eliminatórias de acesso ao Mundial do Qatar.
Fazendo fé na grande probabilidade de Pedro Gonçalves voltar a apostar naquele “onze” de boa memória, Hugo Marques pode voltar a ser a preferência para a baliza, devendo o experiente guarda-redes ser apoiado no eixo defensivo por Kialonga Gaspar e Buatu, enquanto Tó Carneiro, à esquerda, e Eddie Afonso, à direita, devem ser os laterais.
Megue ou Show, um deles, deve s e r o médio mai s recuado, ao passo que na sua frente surge o trio de “mágicos e construtores”, formado por Estrela, Mário Balbúrdia e Hélder Costa, com os dois últimos a povoarem os flancos.
À tripla será incumbida a missão de abrir as vias de acesso à baliza contrária, mas sobretudo acrescentar arte e engenho ao caudal ofensivo do combinado nacional. Já no ataque, Ary Papel e Gelson Dala devem ser as setas apontadas às redes contrárias. O primeiro chega com boas referências das últimas aparições ao serviço da selecção, enquanto o segundo espera reencontrar-se com as brilhantes exibições com as cores nacionais, depois de um ano e oito meses afastado.
A selecção deve jogar num clássico 4X4X2, desdobrável em 4X3X3, sempre que o conjunto nacional esteja em posse da bola.
Ensaio final
Exercícios de correcção da estratégia ofensiva e defensiva, bem como do modelo táctico deve dominar a última sessão de treinos desta manhã, no Estádio 11 de Novembro, palco do jogo de amanhã.
Tal como j á habituou Pedro Gonçalves deve voltar a surgir muito interventivo no ensaio de hoje, quer a interromper jogadas para corrigir detalhes ou a incitar os jogadores para a construção de rápidas transições defesa/ataque.
No final do treino desta manhã, o seleccionador nacional fala, em conferência de imprensa, no Estádio 11 de Novembro. Na ocasião, Pedro Gonçalves vai fazer uma avaliação das hipóteses de Angola vencer a RCA, e esclarecer aos j ornalistas com que “armas” espera contar para suplantar o primeiro adversário da corrida ao CAN'2023.
O técnico português ao serviço dos Palancas Negras pode assumir o favoritismo no jogo, embora não seja esta uma prática habitual, pois prefere abordar todas as partidas com cautelas, optando sempre por dividir com os adversários as chances de vitória.
Seja como for, ainda que “cautelas e caldos de galinha não fazem mal a ninguém” - parafraseando o próprio seleccionador -, a verdade é que, a jogar em casa e diante do seu público, Angola tem a obrigação de vencer o jogo. Mas, para tal, terá de justificar com argumentos suficientes para merecer os três pontos. Precisará de provar capacidade colectiva e individual para chamar a si as responsabilidades nas “despesas do jogo”, no domínio territorial da contenda e na criação das maiores ocasiões de golo. Ou seja, os Palancas Negras estão proibidos de vacilar ou tão-pouco surgirem diminuídos, perante um adversário ao seu alcance.
De resto, falham o jogo frente à RCA o avançado Zine, por lesão, e o guarda-redes Ricardo Baptista, adoentado. Estão disponíveis Kadu, Hugo Marques, Maestro, Beni, Show, Higino, Mário Balbúrdia, Megue, Hélder Costa, Núrio Fortuna, Gelson Dala, Nelson da Luz, Capita, Ndefe, Julinho, Buatu, Fredy, Ary Papel, Tó Carneiro, Danilson, Eddie Afonso, Kinito, Kialonda Gaspar e Vitoriano.
A selecção deve jogar num clássico 4X4X2, desdobrável em 4X3X3, sempre que o conjunto nacional esteja em posse da bola