Povos e cultura do Amboim retratados em obra literária
Uma viagem pela história e identidade cultura angolana é a proposta de leitura no livro “Amboim: Identidade Cultural, Resistência à Ocupação Colonial e a Guerra de 1961”, co- autoria de Job Francisco e Vasco Catala, a ser apresentado hoje, às 10h00, na Administração Municipal local.
O livro volta a ser apresentado no dia 10 deste mês, a partir das 15h00, no auditório do edifício da Universidade Católica de Angola (UCAN), em Luanda.
Em declarações, ontem, ao Jornaldeangola, Job Francisco, um dos co-autores, disse que o livro aborda vários aspectos ligados à pré-história, caracterização política e social do país no período pré-colonial e depois a fase das resistências dos povos indígenas, antes e depois da Conferência de Berlim.
O livro, adiantou, apresenta um percurso de desgraças pelo qual os povos daquela região passaram durante o período da opressão colonial. Esse processo, disse, não foi nada “pacífico para os angolanos”, razão pela qual procuram trazer a reflexão no livro.
Os factos escritos, documentados e os orais transmitidos pelos mais velhos, com legado vivenciados no antigamente, referiu, deu origem ao surgimento da produção da obra literária de investigação e histórica, sobretudo, as histórias que os eram contadas pelos seus progenitores, disse, gerava muita curiosidade o que os levou a começarem a idealizar o livro a partir do ano de 2019.
Ao longo desses anos, explicou, deslocaram- se várias vezes em determinadas localidades do Amboim, para entrevistar potenciais conhecedores da história da identidade cultural, suas resistências e guerras à ocupação colonial. Natural da Vila da Londa, na Gabela, disse que as histórias passadas de resistência sobre os avôs, transmitidas pelas autoridade tradicionais e registos encontrados na Administração local, estão entre as razões para a escrita da obra.
A relação da identidade cultural, com o colonialismo e depois com o culminar com a independência, é um dos focos abordados no livro, a ser comercializado no valor de 12 mil kwanzas.
O livro, frisou, procura narrar algumas histórias de resistência da ocupação territorial, a preservação do património e identidade cultural, a dignidade dos homens, as terras que foram defendidas pelos povos socialmente bem organizados.