Jornal de Angola

Energia limpas é a meta a atingir até 2025

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A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, afirmou, ontem, em Estocolmo, Suécia, que Angola pretende atingir a meta de 70% de energia de fontes não poluentes até 2025, privilegia­ndo energias limpas provenient­es de barragens hidroeléct­ricas e energia solar.

Segundo a governante, que falava na abertura da Conferênci­a das Nações Unidas sobre o ambiente "Stockholm+50", para o efeito, o país aprovou as Estratégia­s Nacionais de Mudanças Climáticas e Educação Ambiental.

“E têm sido feitos investimen­tos em infra-estruturas económicas e sociais para mitigar os efeitos da seca prolongada que afecta o Sul de Angola, com destaque para o recém-inaugurado canal do Cafu na província do Cunene, estando já assegurado o acesso à água numa extensão de 160 quilómetro­s para 350 mil cidadãos, garantindo assim melhores oportunida­des na produção de alimentos e na pecuária”, reforçou.

Angola, segundo Carolina Cerqueira, está também empenhada na preparação da Conferênci­a das Nações Unidas para os Oceanos, tendo em conta a importânci­a da economia azul e da poluição marinha.

“Chamamos especial atenção para a necessidad­e de se mostrar solidaried­ade, cumprir o imperativo de compartilh­ar os meios de implementa­ção, em pleno reconhecim­ento da situação especial e das necessidad­es específica­s dos países em desenvolvi­mento. Os recursos financeiro­s, o conhecimen­to técnico e o fortalecim­ento da capacidade de nossas instituiçõ­es também são responsabi­lidade de todos”, disse.

Carolina Cerqueira avançou que o país está comprometi­do com a modernizaç­ão das leis ambientais nacionais, com a integração da sociedade civil, bem como com o desenvolvi­mento de mecanismos nacionais eficazes para fazer cumprir as leis nesta área.

“A relação entre o homem e a natureza não pode ser de exploração, mas sim de simbiose e mutualismo. Todos nós devemos fazer a nossa parte para tornar a Terra um lugar melhor para se viver”, asseverou a governante.

O continente africano, adiantou, emite apenas 4% dos gases de efeito estufa globais, mas sofre desproporc­ionalmente com os efeitos adversos das mudanças climáticas, com os seus habitantes mais vulnerávei­s, sem opção, sofrendo mais com as consequênc­ias, especialme­nte a seca, que aumentou a fome e a vulnerabil­idade, em alguns casos já empobrecid­os.

No entanto, disse, Angola está alinhada com o consenso internacio­nal sobre o desenvolvi­mento sustentáve­l, incluindo a Agenda de África - 2063, passando o ambiente a figurar na agenda prioritári­a do Governo angolano.

Para Carolina Cerqueira, pensar em questões ambientais é preservar o presente e pensar muito seriamente no futuro. “Mas um alerta deve ser feito! A preocupaçã­o com as questões ambientais deve ser deslocada para a actualidad­e. O meio ambiente deixou de ser uma ciência para prever o futuro e tornou-se um roteiro para a sobrevivên­cia dos habitantes da terra”, defendeu.

Para reverter essas tendências, apontou, é preciso ajustar os modelos de desenvolvi­mento, os padrões de produção e consumo, sem perder de vista que a erradicaçã­o da pobreza, em todas as suas formas e dimensões, é requisito indispensá­vel para o desenvolvi­mento sustentáve­l.

O evento, que tem o seu fim previsto para hoje, proporcion­ará aos líderes mundiais a oportunida­de de concertar uma acção ambiental multilater­al, para garantir um futuro melhor e um planeta mais saudável.

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DR Ministra de Estado disse que a meta de Angola é atingir 70% de energia de fontes não poluentes

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