Sonangol aliena activos não-nucleares em bolsa
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás discursa no encerramento do Conselho Consultivo do pelouro
A privatização da maior parte dos activos não-nucleares da Sonangol ocorre por dispersão bolsista, na Bodiva, declarou o ministro Diamantino Azevedo, ontem, em Benguela, durante o 7º Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Mine
rais, Petróleo e Gás, que se realizou naquela cidade.
Diamantino Azevedo disse que, na privatização dos negócios não-nucleares, a decisão é a da “dispersão parcial do capital em bolsa tão logo as condições para o efeito sejam reunidas”, em declarações deixam subjacente um ajustamento da estratégia, depois de, no início do processo, terem sido promovidos concursos públicos para as alienações.
Na reunião, que encerrou ontem, no segundo dia de trabalhos, o responsável reafirmou a estratégia de fortalecimento da Sonangol, com a qual a companhia projecta elevar a quota de 2,0 para 10 por cento da produção total do país, até 2027.
O Conselho Consultivo foi realizado sob o lema “Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás - 2017/2022: Acções e Resultados”, visou avaliar o resultado das acções implementadas pelo sector, com base em planos adoptados em Outubro de 2017 e em a Março de 2018, assim como no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022 .
Segundo o governante, a nível do subsector do Petróleo e Gás, estão ainda perspectivadas acções, para a manutenção de um ambiente propenso à captação de investimentos, para aumentar as reservas e atenuar o declínio da produção, bem como a optimização da produção de produtos refinados de petróleo, para o alcance da auto-suficiência do país.
Para o subsector Mineiro, o ministro garantiu de igual, modo, acções contínuas de investigação geológica mineira, à escala regional e local, para o alargamento das áreas com potencial para exploração e criação de prospectos para investimento, elaborando um programa específico para a melhoria do conhecimento geológico referente aos agrominerais e aos minerais necessários para a transição energética, tais como, o lítio, níquel, zinco, nióbio, tântalo e minerais
de elementos de terras raras.
De acordo com Diamantino Azevedo, o Ministério continua a trabalhar na optimização da produção nos projectos diamantíferos, a fim de se alcançar os níveis programados, além de estar empenhado na elaboração da lei do conteúdo local para o sector de Recursos Minerais e na criação de mecanismos para o financiamento.
Diamantino Pedro Azevedo, sublinhou que, durante este período, o sector tem sabido assumir o compromisso com o desenvolvimento sustentável, contribuindo para a melhoria das condições de vida das populações que vivem nas áreas onde decorre a actividade de explo
Dispersão bolsista é apontada como modelo de privatização dos activos não-nucleares da Sonangol
ração mineira e petrolífera.
Entre os vários desafios, garantiu que a determinação de melhorar a rede de distribuição de combustíveis e lubrificantes, em todo o território, através do aumento da capacidade de armazenagem.
Segundo o titular do sector, para este objectivo, existe uma meta que determina o aumento da capacidade de armazenagem de combustíveis e lubrificantes em terra, passando de 358,51 mil metros cúbicos, em 2017, para 605,54 mil, em 2022.
Outra meta relacionada com este objectivo, prevê que, nesse período, 981 postos de abastecimento estejam em estado operacional e, para o alcance desses objectivos e metas, foram aprovados vários dispositivos legais.
O 7º Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás teve lugar no Auditório do Centro Sócio Pastoral de Benguela, Dom Armando Amaral dos Santos, situado na zona B, arredores da cidade de Benguela e juntou vários quadros do sector extactivos, membros do Governo da província de Benguela, empresas operadores dos diversos ramos de actividade.