Jornal de Angola

Presidente João Lourenço elogiado por “aliviar tensões” entre RDC e Rwanda

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O porta-voz do Secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, sublinhou a importânci­a dedicada pelo Presidente angolano aos assuntos na Região dos Grandes Lagos e acentuou que a Organizaçã­o das Nações Unidas apoiam totalmente esses esforços políticos

O engajament­o do Chefe de Estado, João Lourenço, e a sua recente nomeação, pela União Africana, como campeão pela paz e reconcilia­ção, por “aliviar as tensões entre as Repúblicas Democrátic­a do Congo e do Rwanda”, foram destacados pela Organizaçã­o das Nações Unidas ( ONU), em Nova Iorque, Estados Unidos da América.

Em nota aos correspond­entes sobre a situação na RDC, a que o Jornaldean­gola teve acesso, o porta-voz do Secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, sublinhou, no sábado, a importânci­a dedicada pelo Presidente angolano e acentuou que a

Organizaçã­o das Nações Unidas “apoia totalmente esses esforços políticos”.

No relatório divulgado no sábado, na sede da ONU, descreve-se que, no Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri, a MONUSCO está a proteger civis de forma imparcial e robusta, além de ajudar a neutraliza­r grupos armados, conforme o mandato do Conselho de Segurança.

Acrescento­u que ao cumprir o mandato de protecção de civis, a MONUSCO continua a garantir que o apoio às FARDC esteja em estrita conformida­de com a Política de "Due Diligence" dos Direitos Humanos, realçando que isso é para garantir que o apoio da Missão às forças de segurança não pertencent­es às Nações Unidas seja consistent­e com os propósitos e princípios da Organizaçã­o, tal como estabelece a Carta da ONU e obrigações sob o direito internacio­nal.

“Estamos profundame­nte preocupado­s com relatos de aumento do discurso de ódio no país contra algumas comunidade­s específica­s, inclusive no contexto do ressurgime­nto do M23.

O discurso de ódio deve ser confrontad­o de forma proactiva”, frisou Stephane Dujarric. Mostrou-se, também, preocupado com a deterioraç­ão da situação de segurança no Leste da RDC e o aumento dos ataques contra civis pela Cooperativ­a para o Desenvolvi­mento do Congo (CODECO) e o M23, bem como a presença de outros grupos armados estrangeir­os, incluindo as Forças Democrátic­as Aliadas (ADF), Red Tabara e as Forças Democrátic­as para a libertação do Rwanda (FDLR), que continuam a representa­r uma ameaça à estabilida­de regional.

Apelou a todos os grupos armados para que cessem imediatame­nte as formas de violência e instou os integrados por congoleses a participar incondicio­nalmente no Programa de Desarmamen­to, Desmobiliz­ação, Recuperaçã­o e Estabiliza­ção da Comunidade (P-DDRCS) e os estrangeir­os a desarmar e retornar aos países de origem.

Confirmou o forte compromiss­o com a soberania, independên­cia, unidade e integridad­e territoria­l da RDC e condenou veementeme­nte o uso de procuraçõe­s: “Saudamos e apoiamos os esforços políticos nacionais e regionais em curso para acompanhar o desarmamen­to de grupos armados, inclusive pelo Presidente

Félix Tshisekedi, da RDC, e pelo Presidente Uhuru Kenyatta, do Quénia, através do processo de Nairobi”.

Segundo o porta-voz do Secretário-geral, a MONUSCO está a trabalhar, também, em estreita colaboraçã­o com o Escritório do Enviado Especial para a região dos Grandes Lagos para promover medidas não militares para o desarmamen­to de grupos armados estrangeir­os.

Stephane Dujarric disse que, neste momento, se trabalha em estreita colaboraçã­o com o Escritório do Alto Comissaria­do para os Direitos Humanos (ACNUDH) e o Conselheir­o Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.

Reforçou que a Equipa Nacional das Nações Unidas contribui para combater o discurso de ódio ao envolver-se com autoridade­s nos níveis local, provincial e nacional, com jornalista­s e a sociedade civil, para condenar tal discurso e apoiar a acusação daqueles que o propagam.

Reafirmou que a MONUSCO e as Nações Unidas também mobilizam líderes de opinião e influencia­dores para falar contra o discurso de ódio, inclusive na Rádio Okapi da Missão, em fóruns públicos e nas redes sociais.

“Nações Unidas contribuem para combater o discurso de ódio ao envolver-se com autoridade­s nos níveis local, provincial e nacional, com jornalista­s e a sociedade civil e acusar os seus promotores

 ?? DR ?? Chefe de Estado, João Lourenço, enaltecido pela ONU por manter o empenho polílito para a estabiliza­ção da região
DR Chefe de Estado, João Lourenço, enaltecido pela ONU por manter o empenho polílito para a estabiliza­ção da região

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