Herlander considera Mundial e Olimpíadas boas montras
Para o analista desportivo a vinda dos atletas permitiria ter maior visibilidade para materializar os seus objectivos
O antigo internacional angolanoherlander Coimbra considera, em virtude da ausência de Bruno Fernando e Sílvio de Sousa, da Selecção Nacional séniormasculinadebasquetebol, queosjogosolímpicoseocampeonatodomundosãoumaboa montra para os jogadores.
Em declarações ao Jornal deangola, ontem, Coimbra reagiu ao facto de Bruno Fernando e Sílvio de Sousa não terem respondido, até ao momento, a convocatória dos hendecacampeões que projectam, na cidade de Malanje, a terceira janela FIBA de apuramento ao Mundial da Ásia, no próximo ano.
Os jogadores em causa não mantiveram qualquer contacto com a Federação Angolana de Basquetebol (FAB), depois de terem sido notificados em tempo útil, de acordo com o presidente do organismo, Moniz Silva. Coimbra, que é também analista para a modalidade, recordou que a última vez que foram chamados, Bruno, de 23 anos 2,08 metros, esteve em Luanda, “não chegou de integrar os trabalhos da Selecção”, pois esteve a renovar o passaporte ordinário.
Na altura, Sílvio de Sousa não desembarcou na capital porque esteve a resolver questões na Justiça americana e teve de comparecer na corte principal do tribunal da cidade onde residia.
Actualmente, Bruno está sem clube por ter terminado o vínculo contratual com os Houston Rockets e poderá rumar para um outro emblema, ao passo que Sílvio tem estado a fazer trabalhos (workout pre draft), cuja gala para escolhas dos próximos jogadores a entra
rem na NBA acontece a 24 do corrente, no Barclay Center, em Nova Iorque.
"Se não conseguirem atingir os intentos vão acabar por jogar em equipas menos expressivas. Não vindo representar a Selecção Nacional, qual será a montra? A Selecção vai continuar a ser a principal montra sempre que disputar os Jogos Olímpicos e o Campeonato do Mundo, espero que eles reflictam em torno disso", advertiu Herlander Coimbra.
O antigo triplista defende que os jogos internacionais potencializam os jogadores além de servirem de exposição para olheiros. O facto de não responderem a FAB, dá, segundo ainda Herlander, azo à especulação.
"Não se pode implorar a um jogador para representar
a Selecção Nacional. Muitos sacrifícios foram feitos por jogadores de outras gerações, apesar de ganharem menos, mas deram o melhor de si. Isso não quer dizer que eles não possam exigir aquilo que têm direito, mas não podem condicionar que o trabalho do treinador seja feito em função da disponibilidade que eles poderão alegar", disse.
O líder de direcção da FAB, Moniz Silva, revelou que a comunicação com os dois internacionais angolanos foi sempre regular, até à altura da divulgação dos eleitos do seleccionador Pep Clarós.
“Normalmente, depois da convocatória, os jogadores que estão fora do país contactam-nos e informam-nos as suas agendas para podermos organizar a viagem. Até ao momento nem o Sílvio, nem o Bruno, nem nenhum representante dos dois atletas contactou algum membro da FAB para qualquer esclarecimento", disse.
O presidente daquele organismo foi mais longe e diz que não sabe se os dois ainda pretendem representar a Selecção Nacional, pelo facto de terem estado ausentes de convocatórias anteriores, numa altura que a Federação era liderada por outros elencos.
No entanto, Bruno Fernando deixou claro que a resposta à convocatória está dependente do aval do seu agente. “Estou a tratar da convocatória com o meu agente e, quanto antes, terei uma resposta positiva sobre a minha ida à Selecção Nacional. É uma questão de dias”, sublinhou.