Angolanos e moçambicanos aprofundam relações culturais
A importânciado aprofundamento e a troca de experiências com maior regularidade entre angolanos e moçambicanos, no domínio das artes, no geral, e do teatro, em particular, foi uma das conclusões saídas do encerramento da 18ª edição do Festival Internacional Teatro de Inverno (FITI), que decorreu de 27 de Maio a 12 do corrente mês, nas cidades de Maputo e Beira, em Moçambique.
Entre os vários locais académicos, a Universidade Privada Pedagógica e Artes Cénicas foi uma das escolhidas para o intercâmbio cultural
entre os grupos e companhias dos países participantes e mais de 50 estudantes do curso superior de Artes Cénicas da mesma instituição de ensino.
Durante o seminário “Técnicas de Preparação do Actor”, apresentado pelo dramaturgo e docente da Faculdade de Artes da Universidade de Luanda, Tony Frampênio, foram aprofundados os conhecimentos sobre a arte de interpretar. Segundo a organização do FITI, alguns estudantes, actores e professores, acções do género devem acontecer com regularidade, por permitir melhorar o interesse pelos novos métodos pedagógicos de encenação e preparação
do actor e da sua personagem.
De acordo com Tony Frampênio, em declarações, ontem, ao Jornaldeangola, a formação teve como objectivo apresentar novas formas de ensino das artes, que tem servido de ponte de humanização dos homens através das artes cénicas.
Tony Frampênio aproveitou divulgar as obras literárias, “A Grande Questão”, “A Raiva” e o “Teatro da Tarimba”. Como resultado da parceria, foram ofertados alguns exemplares para a biblioteca da instituição para permitir que os estudantes tenham um conhecimento mais amplo do teatro angolano.
Nos próximos anos, a orga
nização do festival, a direcção da Universidade local e a direcção do grupo Enigma Teatro prometeram criar condições para o alargamento da cooperação no domínio das artes cénicas. Entre os pontos importantes da cooperação, estão aspectos ligados à própria dinâmica que se tem registado no teatro angolano e moçambicano, a incorporação do folclore no teatro, a satirização e dramaturgia na produção das peças de teatro.
Durante o festival foram realizadas várias oficinas, com a participação de grupos e companhias moçambicanas, sul-africanas, brasileiras e portuguesas.