Riscos das pragas analisados por técnicos de vigilância
Um grupo de técnicos de vigilância sanitária, investigadores e académicos provenientes das 18 províncias do país participa, desde ontem, emcaxito, província do Bengo, num seminário sobre análise de risco de pragas, para melhor responderem às situações de emergência contra gafanhotos migratórios africanos, e mitigar impactos na segurança alimentar e nos meios de subsistência.
Promovido pelo Ministério da Agricultura e Pescas (MINAGRIP), o Seminário sobre Análise de Risco do Projecto “Apoio à Operacionalização da Política Agrícola Regional da SADC, que decorre até sexta-feira, tem como objectivos principais reforçar a capacidade de Angola na análise de risco de pragas, bem como destacar a necessidade e o processo de notificação de novas regras à praga de Convenção Fitossanitária Internacional (CFI).
Na abertura do evento, o chefe do Departamento Nacional da Agricultura e Protecção de Plantas, Ribeiro
João António, apontou como desafios do MINAGRIP na análise de riscos a virose da mandioca, a broca do milho, a tuta absoluta do tomate, mosca da fruta, a lagarta militar e a praga de gafanhotos.
Ribeiro António, que destacou a realização de uma reunião técnica e mesa-redonda multissectorial para a criação do Centro Nacional de Controlo de Gafanhotos, referiu que o actual sistema de monitorização de recursos, sensibilização e comunicação de riscos às populações, e o estabelecimento de uma coordenação nacional e regional, são fundamentais para o sucesso do programa de controlo das pragas de gafanhotos.
O representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Panzo Domingos, disse que os países da SADC, ao reconhecerem a importância estratégica do sector agrícola, elaboraram uma política regional, com objectivo global de melhorar a produção, a produtividade e a competitividade dos produtos agrícolas, além de garantir a segurança alimentar e nutricional das populações.