País abriga 57 mil refugiados e requerentes de asilo
Angola acolhe, actualmente, cerca de 57 mil mil refugiados e requerentes de asilo, sendo a maioria deles saídos da República Democrática do Congo, segundo dados da Agência das Nações para os Refugiados (ACNUR), divulgados ontem.
No comunicado, a ACNUR refere que cerca de 17 por cento desses refugiados entraram, em 2017, durante o fluxo em massa, provenientes do Grande Kasai.
A instituição das Nações Unidas explica que, além do povo do Congo Democrático, outras nacionalidades, também, compõem a população de interesse como guineenses, marfinenses, mauritanos, somalis, sudaneses e eritreus, num total de 50 mil pesssoas que vivem, regra geral, em áreas urbanas.
Com o objectivo de chamar a atenção sobre a necessidade de se garantir protecção às pessoas forçadas a se deslocar e homenagear a força e resiliência de todos os refugiados em Angola e no mundo, a ACNUR e seus parceiros em Angola realizam, durante este mês, diversas actividades nas provínciais de Luanda e Lunda-norte.
Essas actividades estão a ser enquadradas nas efemérides do Dia Mundial do Refugiado, que se celebra, anualmente, no dia 20 de Junho. Para este ano, a agenda que está a ser desenvolvida pela ACNUR e parceiros inclui actividades artísticas, desportivas e culturais, com a população refugiada, formações para jornalistas, actores da sociedade civil, debates e a divulgação das tendências sobre o deslocamento forçado no mundo.
Para a província de Luanda, a Agência prevê organizar uma mesa redonda, com a participação da comunidade refugiada e membros do Governo, para debater o direito de buscar protecção e o contexto do asilo em Angola.
Com vista a sensibilizar o público em relação ao tema “Olhares sobre o Refúgio", vai decorrer uma exposição
que estará em cartaz nos dias 20 e 30 de Junho, no Shopping Fortaleza. Além disso, estão, ainda, previstas actividades culturais e desportivas junto à comunidade de refugiados em Viana.
Na Lunda Norte, vão decorrer torneios de futebol feminino e masculino, entre as comunidades refugiadas e angolanas, que acontecerão no assentamento do Lôvua,
como forma de celebrar o Dia Mundial do Refugiado e promover a inclusão e a convivência pacífica na região.
O documento indica que no assentamento do Lôvua
estão previstas apresentações de dança, teatro e exposição de brinquedos produzidos por refugiados.