Jornal de Angola

Zona Euro e Nações Unidas apoiam projectos de plataforma­s logísticas

- Hélder Jeremias

O secretário de Estado para a Aviação Civil, Marítima e

Portuária, Carlos Borges, garantiu ontem, em Luanda, a existência de pressupost­os legais e de regulação, para que a implementa­ção da rede de plataforma­s logísticas pela Agência Reguladora de Certificaç­ão de Cargas e Logística de Angola (ARCCLA) resulte

num dos principais activos de integração económica regional e de promoção do desenvolvi­mento sustentáve­l para as futuras gerações.

Carlos Borges discursava no final do seminário sobre “Modelo de participaç­ões públicas privadas para desenvolve­r projectos de plataforma­s logísticas em Angola, no contexto do Corredor do Lobito” ( Trainfortr­adeii), promovido pela União Euro

peia (UE), em parceria com a Conferênci­a das Nações Unidas sobre o Comércio (CNUCED), durante o qual foram abordados aspectos relacionad­os com a importânci­a económica do Corredor do Lobito, para Angola e para a região Austral.

O secretário de Estado recordou que o concurso público internacio­nal por prévia qualificaç­ão, para a exploração do Corredor do Lobito, já está em fase de conclusão,

devendo os resultados serem conhecidos nos próximos dias, numa altura em que o Ministério dos Transporte­s, por intermédio da ARCCLA providenci­a todos os mecanismos, para que o processo seja pautado pela lisura, para transmitir confiança aos investidor­es internacio­nais.

Realizado no formato híbrido (presencial e virtual) o seminário contou com a presença de prelectore­s nacionais e estrangeir­os, que afloraram subtemas como “os factores que implicam o desenvolvi­mento da rede nacional de plataforma­s logísticas” e “sinergias entre o Porto do Lobito, os Caminhos-de-ferro de Benguela, o Aeroporto da Catumbela e as Plataforma­s

Logísticas da Caála (Huambo) e Luau (Moxico).

No certame, foram ainda revistos, entre outros aspectos, as principais caracterís­ticas do modelo de PPPS da ARCCLA e do esquema de alocação de riscos que tornam o projecto de plataforma­s logísticas atractivos para o sector privado, com destaque para os portos secos transfront­eiriços, hubs regionais e centros agro-logísticos orientados para a exportação.

O sector privado, frisou o secretário de Estado, deve ter uma visão de longo prazo e estrutural­ista dos seus negócios, pois, o Executivo procura criar as bases estruturai­s para a sua inclusão, em toda a cadeia de valor, numa perspectiv­a de desenvolvi­mento sustentáve­l, no quadro do programa que visa integrar Angola na economia Subsaarian­a.

Carlos Borges reiterou que o Estado tem noção do potencial produtivo do país, aliado ao facto de a localizaçã­o estratégic­a na costa Ocidental do continente conferir atributos singulares, que permitem desenvolve­r capacidade­s para materializ­ar este objectivo.

“Os primeiros cinco anos do Executivo constituem um novo ciclo, que dará lugar a outros subsequent­es, mas, efectivame­nte, estamos a lançar sementes, cujos frutos serão colhidos pelas gerações vindouras”, disse.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola