Jornal de Angola

Líder burquinabe decreta luto nacional

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O Presidente do Governo de Transição do Burkina Faso, tenente-coronel Paul-henri Sandaogo Damiba, decretou, segunda-feira à noite, 72 horas de luto nacional , após um ataque de presumívei­s extremista­s islâmicos no Norte do país que fez 79 mortos, domingo último.

Segundo a Reuters , o luto nacional, que começou às 00:00 de ontem, e termina à mesma hora na noite de amanhã , será observado em todo o território nacional "em memória às vítimas do ataque perpetrado por indivíduos armados não identifica­dos", na comuna de Seytenga, província de Séno, região do Sahel.

Segundo a União Europeia, que condenou o ataque, o número de mortes poderá ascender a uma centena. "O método usado pelo grupo terrorista responsáve­l pelo ataque foi simplesmen­te a execução das pessoas que estavam na vila", disse o chefe da Diplomacia Europeia, Josep Borrell, num comunicado de imprensa.

A região de Seytenga já tinha sido alvo de um ataque, quinta-feira, de jihadistas, no qual morreram 11 guardas. O Exército do Burkina Faso anunciou ter matado cerca de quarenta extremista­s islâmicos na sequência deste ataque.

As mortes do fim-de- semana "são represália­s pelas acções do Exército que fizeram uma sangria" nos grupos jihadistas, admitiu o portavoz do Governo, Lionel Bilgo.

Após a chegada ao poder do tenente-coronel Damiba, que derrubou o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de ineficácia contra a inseguranç­a, os ataques desses movimentos afiliados à Al-qaida e ao Estado Islâmico haviam cessado.

Entretanto, nos últimos três meses, os jihadistas retomaram as ofensivas e já mataram mais de 300 pessoas entre civis e militares.

O Norte e o Leste do país, que fazem fronteira com o Mali e o Níger, são as regiões mais afectadas pela violência extremista. Desde 2015.

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Exército do Burkina Faso está a apertar o cerco aos rebeldes

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